Mostrando postagens com marcador Catadores. Mostrar todas as postagens
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3 de outubro de 2014

1 “Todo dia é dia! - 03”

parte 3De nada adiantaria limpar, reflorestar, senão educarmos os pequenos e os jovens. Ao longo de dois anos, mais de 35.000 pessoas de diferentes origens e status social, localizadas em seis municípios do leste da Baía de Guanabara participaram de diferentes estratégias de mobilização e sensibilização sobre a temática ambiental. A Educação Ambiental com Valorização Ecossistêmica acontece naturalmente em nossa história. Os GUARDIÕES desde sua gênese atuaram no apoio e gestão de ações de transformação de passivos ambientais em matéria prima, tais como resíduos sólidos pós-consumo para artesanato, material em escala para comercialização para promoção de trabalho e renda para catadores de recicláveis, jovens em risco social foram preparados como agentes ambientais. Valorização, monitoramento, restauração de manguezais impactados, diagnósticos socioeconômicos de catadores de recicláveis e de catadores de caranguejos do Leste da Baía de Guanabara, macroecossistema sobre forte pressão urbana foram e são outras ações.

parte 3 2

“Em nossas andanças no entorno da Baía de Guanabara, observamos que um dos maiores problemas é o lixo que é depositado em suas margens ou nos próprios manguezais, por conta do descarte incorreto e pela falta de educação, além da inoperância do Poder Público”. Por isso passamos a mobilizar as pessoas para a questão do reaproveitamento ou para o correto descarte e direcionamento dos recicláveis. Pedro Belga, Presidente dos Guardiões do Mar.

5 de maio de 2014

0 Projeto beneficia famílias que sobrevivem da coleta seletiva

Compartilhando…

05/05/2014 00:04:50

Catadores de seis cidades da Região Metropolitana são beneficiados pela rede de comercialização de recicláveis

O DIA

Rio - ‘O catador hoje tem dignidade, antes era confundido com urubu. Hoje nós temos voz na Alerj e no Congresso em Brasília”, diz, orgulhoso de sua profissão, Rogério Faria de Oliveira, de 47 anos, pai de cinco filhos e que faz parte da Cooperativa de Catadores de Bongada, em Magé.Com renda média de um salário mínimo, ele é um dos beneficiados pela rede de comercialização de recicláveis, que promete potencializar o recolhimento de resíduos junto a grandes geradores e as coletas porta a porta em residências e estabelecimentos comerciais da Região Metropolitana  do Rio e aumentar a renda dos catadores.

Rogério
Foto:  Divulgação

Cooperativas de seis municípios já aderiram ao projeto: Rio de Janeiro (Centro), Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Magé e Duque de Caxias. “Com a rede, vamos crescer ainda mais e ter um preço mais justo, saindo das mãos do atravessador. Tenho uma vida melhor e espero melhorar ainda mais”, disse Rogério, que praticamente criou os filhos trabalhando no lixão que existia naquele município.

O trabalho é realizado no Projeto CataSonhos II, da ONG Guardiões do Mar. A iniciativa atende bairros onde estão instaladas as cooperativas participantes e onde a coleta seletiva não é realizada pelo poder público municipal. São sete grupos produtivos de reciclagem contemplados pelo projeto. A proposta é mobilizar as escolas dos bairros onde estão localizados os galpões, para se transformarem em Pontos de Entrega Voluntária (PEVS).

Desde fevereiro, os Guardiões do Mar e as cooperativas iniciaram as ações da rede. Na primeira etapa do projeto Catasonhos, em 2011, mais de mil toneladas de materiais foram retiradas do ambiente e geraram renda para 160 catadores. Um balanço ecológico servirá como base para essa segunda etapa do projeto.

Os Guardiões do Mar também farão a doação de uma frota de caminhonetes para as cooperativas, o que permitirá maior agilidade no processo de coleta e comercialização, garantindo a geração de mais postos de trabalho. “Em breve, estaremos contabilizando os benefícios ambientais e estéticos da coleta seletiva, além de gerar novos postos de trabalho, através do aumento da escala e dos valores de venda”, avalia Pedro Belga, presidente dos Guardiões do Mar. O projeto CataSonhos II tem o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

http://odia.ig.com.br/odiaestado/2014-05-05/projeto-beneficia-familias-que-sobrevivem-da-coleta-seletiva.html

10 de março de 2014

0 Cata Paraná irá gerir iniciativa de logística reversa de embalagens - MNCR - Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis

 

Noticias importantes precisam ser compartilhadas…http://www.mncr.org.br/box_2/blogdosul/cata-parana-ira-gerir-iniciativa-de-logistica-reversa-de-embalagens

 

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Central de valorização terá investimento do setor privado

image 1Catadores ligados a Rede Cata Paraná avançaram mais um passo na conquista de seus direitos ao assinar no ultimo dia 14 um termo de cooperação entre a Prefeitura de Maringá, Sindibebidas e Instituto Lixo e Cidadania para instalação da Central de Valorização de Materiais Recicláveis no Parque Industrial de Maringá.

Administrada pela Rede Cata Paraná a central irá receber, reciclar e comercializar embalagens de resíduos sólidos como garrafas PET, papel, papelão, latas, vidros etc., gerando trabalho e renda para os catadores.

 

image_medioA iniciativa atende à lei da logística reversa que compartilha a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos com distribuidores, comerciantes, importadores, fabricantes e poder público.

Dividida em dois barracões com mais de 700 metros quadrados, a central é resultado da iniciativa público-privada que reúne a administração municipal, o Sindicato das Indústrias de Bebidas do Estado do Paraná (Sindibebidas), Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Instituto Lixo e Cidadania, e cooperativa CataParaná.

Para a construção e operacionalização da central, o Sindibebidas e demais parceiros irão investir R$ 2,5 milhões e em contrapartida o município investirá cerca de R$ 650 mil.

 

image_medio (1)Entre as autoridades convidadas, estarão presentes Luiz Eduardo Cheida – Secretário do Meio Ambiente do Paraná, Margaret Matos de Carvalho – Procuradora do Trabalho do Ministério Público do Trabalho, Ministério Público do Paraná, Carlos Alencastro Cavalcanti – Presidente da Ong CataParaná, Marilza de Lima e Roselaine Ferreira – Representantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Waldomiro Ferreira da Luz – Presidente o Instituto Lixo e Cidadania, prefeitos e secretários municipais de Maringá e região bem como representantes de empresas de Maringá e região.

 

 

 

http://www.mncr.org.br/box_2/blogdosul/cata-parana-ira-gerir-iniciativa-de-logistica-reversa-de-embalagens

11 de fevereiro de 2014

0 Lavar lixo reciclável é desnecessário e desperdiça água, dizem especialistas

Embora reconheçamos a relevância da matéria, discordamos em parte. É sabido que não se deve desperdiçar água, um recurso tão precioso, ainda mais nos dias de hoje. Porém, entendemos que ao separar o seu material reciclável, muitas vezes ele tem restos de alimentos que podem ajudar na proliferação de micro-organismos e também, ratos, baratas, moscas, sem falar no mau cheiro e situações desagradáveis. Por isso, entendemos que uma água de reuso pode e deve ser utilizada para uma pequena lavagem a fim de tirar os excessos de matéria orgânica dos recipientes que se deseja enviar para a reciclagem.

O ideal é que esses materiais recicláveis fossem parar nos galpões de cooperativas de reciclagem, gerando postos de trabalho e ainda contribuindo para a melhoria estética e ambiental de nossas cidades. Os catadores, organizados em cooperativas, precisam trabalhar com escala, ou seja, juntar ao máximo de cada material, para conseguir melhor preço junto ao mercado da reciclagem. E, neste caso, o tempo que muitas vezes estes materiais permanecerão nos galpões, caso contenham material orgânico em demasia, podem atrair vetores, além do mau cheiro. A arrasadora maioria dos galpões não tem área de lavagem.

Por tudo isso, repetindo o início de nossa fala, concordamos em parte com o exposto, pois aqui, como em qualquer lugar da vida em sociedade, deve sempre prevalecer o bom senso. Não precisamos desperdiçar água, pois podemos reaproveita-la de uma lavagem de roupas, através da captação da água da chuva (tão escassa nos últimos dias), enfim, maneiras existem muitas. Com isso, estaremos melhorando ainda a ação de separar e descartar corretamente nossos recicláveis. Ações simples, que podem fazer a diferença e tornar cada um de nós, um ser socialmente justo e ecologicamente correto.

Matéria do G1 Publicada em:

07/02/2014 06h00 - Atualizado em 07/02/2014 13h07

Itens descartáveis já são lavados quando chegam em cooperativas.
Confira dicas sobre como separar os resíduos para reciclagem.

                cooperativa para blog

Trabalhadores separam lixo em cooperativa de reciclagem que fica no bairro de São Mateus, Zona Leste de São Paulo (Foto: Hélvio Romero/Estadão Conteúdo)

Quem tem o hábito de lavar o lixo doméstico antes de destiná-lo à reciclagem está gastando água com algo desnecessário, explicam especialistas ouvidos pelo G1. Lavar itens como caixas de leite longa vida, potes de iogurte, garrafas PET ou de vidro para retirar restos de alimentos não ajuda no processo de reciclagem e gera mais esgoto – que muitas vezes não é coletado e tratado.

Esses materiais de qualquer forma serão novamente lavados quando chegarem às cooperativas, onde ocorre o processo de separação do papel, plástico, vidro e metal, que, posteriormente, serão destinados às indústrias de reciclagem.

reciclagem_2“Em qualquer processo de reciclagem, o resíduo será submetido a um processo de higienização. Não há necessidade de uma lavagem aprofundada do material”, explica Carlos Silva Filho, diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

A melhor maneira de preservar o lixo reciclável dentro de casa de maneira higiênica (sem uso de água), até que passe o caminhão para recolher, é guardá-lo em recipientes fechados, que evitam o surgimento de moscas e a emissão de odores, explica Emilio Maciel Eigenheer, especialista em resíduos sólidos.

Brasil, um país de lixões
Apesar de a lavagem de material reciclado ser um desperdício de água, quando se trata do tratamento de resíduos sólidos, esse problema ambiental ainda é pequeno em comparação com a existência de quase 3 mil lixões. O país ainda recicla apenas 1,4% das 189 mil toneladas de lixo que gera por dia. Segundo o governo federal, dos 5.564 municípios brasileiros, somente 766 fazem coleta seletiva.

Apesar de a reciclagem no país ser um mercado bilionário – em 2012 a coleta, a triagem e o processamento de materiais em indústrias geraram faturamento de R$ 10 bilhões – o Brasil perde R$ 8 bilhões ao ano ao enterrar, em aterros e lixões, materiais que poderiam ser reciclados.

Os dados são do Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), associação dedicada à promoção da gestão integrada do lixo. Mas esses números podem mudar com a implantação da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída em 2010 e que tem previsão para entrar em vigor a partir de agosto deste ano.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os instrumentos da PNRS (que eliminam de vez todos os lixões e obriga as prefeituras a instalar aterros sanitários) ajudarão a alcançar o índice de 20% na reciclagem de resíduos já em 2015.

Para Silva Filho, mesmo a lei entrando em vigor ainda vai faltar ao governo investir na educação da população para o tema da reciclagem. Segundo uma pesquisa feita pela Abrelpe com 2 mil pessoas, 88% dos entrevistados se disseram favoráveis e propensos em ajudar o meio ambiente por meio da separação de resíduos. Porém, todos alegaram que não receberam orientação de como fazê-la.

“Falta orientação para esclarecer dúvidas básicas, como se eu preciso lavar o pote de margarina ou se posso jogar o papelão que veio a pizza, mesmo com gordura, para a reciclagem. Isso acaba prejudicando o sistema de coleta seletiva. O poder público tem que dar essa instrução”, explica.

O Brasil perde R$ 8 bilhões ao ano ao desperdiçar, enterrando em aterros e lixões, os materiais que poderiam ser reciclados

Cestos coloridos não funcionam
O cesto azul é para jogar o papel. No vermelho, vai o plástico. O verde é para o vidro e o amarelo é para o metal. Isso é o que muitas vezes se aprende a respeito da reciclagem. No entanto, essa separação não funciona de fato no Brasil, pois o lixo chegará na cooperativa e será misturado.

Segundo os especialistas ouvidos pelo G1, a implantação das lixeiras coloridas foi uma tentativa de trazer para o país o hábito da reciclagem da forma como foi criado e consolidado em países desenvolvidos, onde a coleta ocorre por item.

No Japão, por exemplo, há um calendário para recolhimento de cada material reciclável, algo que no Brasil estaria fora de cogitação devido ao custo elevado da coleta multifrações, como é conhecida a técnica, que custa de quatro a seis vezes mais que a coleta dual, quando o lixo é separado apenas em reciclável e orgânico.

"O ideal é separar o lixo seco [aquele que pode ser reciclado] do lixo úmido [materiais orgânicos como restos de comida e materiais não recicláveis, como papel higiênico] e deixar o resto para a cooperativa fazer", explica Sandro Mancini, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e especialista em reciclagem de resíduos sólidos.

"[Ter os cestos coloridos] é um gasto extra e um desestímulo à população, que quando vê esse monte de lixeiras coloridas, acaba misturando todo o lixo e colocando-o em um único cesto. Precisamos repensar essa medida", aponta Silva Filho.

http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/02/lavar-lixo-reciclavel-e-desnecessario-e-desperdica-agua-dizem-especialistas.html

23 de janeiro de 2014

0 Período de proibição da captura do caranguejo-uçá começa no ES

19/01/2014 12h56 - Atualizado em 19/01/2014 12h56

 

Catadores que não respeitarem podem perder a licença.
Estabelecimentos não poderão comprar o animal de outros estados.

Do G1 ES  

Caranguejo-uçá (Foto: Marcos Salles/ PMV)

caranguejo ESA primeira andada do caranguejo-uçá, dias em que ocorre o período reprodutivo do crustáceo, acontece deste domingo (19) e vai até o próximo dia 25 de janeiro, no Espírito Santo. Nessa semana estão proibidas a captura, a manutenção em cativeiro, o transporte, o beneficiamento, a industrialização, o armazenamento e a comercialização do animal ou de suas partes. Segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), restaurantes, bares e demais pontos de venda que compravam o produto de outros estados também não poderão ofertar o animal.

O gerente de Recursos Naturais do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Pablo Merlo, explicou que proibir sem exceções a venda de caranguejos durante a andada foi uma decisão tomada durante o Fórum Estadual de Gestão dos Manguezais, realizado em dezembro de 2013. O evento teve a participação dos representantes de órgãos ambientais, associações de catadores e do Sindicato de Bares, Restaurantes e Similares (Sindibares).

O gerente explicou também que esse novo procedimento foi definido devido ao grande número de denúncias de fraude nas declarações de estoque e de origem do animal.

saiba mais

Os estabelecimentos flagrados comercializando caranguejos poderão sofrer penalidades impostas pelos municípios e demais órgãos responsáveis pela fiscalização, como a Polícia Ambiental e o Ibama. Além disso, os catadores que desrespeitarem a regra poderão perder benefícios concedidos pelas prefeituras.

Campanhas educativas
Durante o período da andada, quando os caranguejos saem de suas tocas para o acasalamento e liberação de ovos, eles acabam ficando muito vulneráveis à captura. Por isso, para aumentar a proteção ao crustáceo, o Iema realizará ações educativas e de fiscalização nas Unidades de Conservação do Estado que possuem ecossistema de manguezal e em seus entornos, como a Área de Preservação Ambiental (APA) de Conceição da Barra e no Parque Estadual de Itaúnas, no Norte do Estado, e na Reserva Estadual de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Concha D’Ostra, em Guarapari.

Períodos de andada do caranguejo-uçá
1º Período: de 19/01 a 25/01
2º Período: de 02/02 a 08/02 e de 16/02 a 22/02
3º Período: de 03/03 a 09/03 e de 18/03 a 24/03
4º Período: de 01/04 a 07/04 e de 17/04 a 23/04

http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2014/01/periodo-de-proibicao-da-captura-do-caranguejo-uca-comeca-no-es.html

19 de março de 2013

0 GUARDIÕES DO MAR 15 ANOS

Logo_guardioes_do_mar_Transparente
Peço licença a quem me lê agora, para me alongar um pouco neste texto. Afinal de contas são 15 anos de existência. Além disso, quero agradecer desde já, àqueles que me lerem até o fim.

Desde 19 de março de 1998, tentamos falar do meio ambiente das formas mais diversas possíveis, mas sempre descomplicando e possibilitando a REAPLICAÇÃO. Descobrimos o caminho do cooperativismo (empreendimentos solidários) fazendo as pessoas entenderem que o cuidar do meio ambiente pode gerar renda. Assim, mostramos que o ambiente preservado pode ajudar a “cuidar” do órgão mais importante do corpo humano: O BOLSO.

Sim, o bolso! Desculpe-me quem lê, mas acreditar que um sertanejo, o pescador no fundo da Baía de Guanabara ou a dona de casa, vai separar o seu lixo do que é reciclável, simplesmente por que é belo... É utopia.

Baseados nisso, foram três cooperativas criadas, pautadas no reaproveitamento de materiais recicláveis. Duas cooperativas criadas para a reciclagem dos materiais e mais dez incubadas, que deram origem a duas grandes redes de comercialização: Rede CataSonhos e Rede Leste. Falar da questão ambiental, tendo como viés a questão social, mostrou que o desenvolvimento sustentável não se produz na escola, na mídia, nos gabinetes refrigerados dos governantes e nem tanto nas salas bonitas dos patrocinadores de projetos. DESENVOLVIMENTO SUTENTÁVEL se faz, todos os dias nas cozinhas das donas de casas, nas salas de aula de professores imbuídos de sua responsabilidade em formar cidadãos. Na rede de um pescador sensato; na coluna bem escrita (de forma simples e direta) de um repórter consciente; Na caneta de um político bem intencionado (por incrível que pareça, ainda tem alguns)... E nas salas de grandes empresas também. Até porque grandes empresas são feitas de pessoas e, se essas pessoas são do bem, logo a empresa também pode ser, apesar de visar o lucro.

Convictos, nos últimos 15 anos, AJUDAMOS A TRANSFORMAR A VIDA DE MUITA GENTE. Dados e fatos são muitos. Para comemorar os anos dos 15 anos, começamos a rever toda a nossa história e contabilizar o que fizemos. De imediato podemos afirmar que, entre o passado e a atualidade, mais de 600 famílias foram atendidas diretamente em projetos diversos. Mais de 200 mil pessoas (alunos, professores, donas de casa, funcionários de empresas, políticos, gente pobre, gente rica) ouviram, em um auditório ou em uma sala de aula, o nosso recado de como cuidar melhor da nossa nave mãe. Por isso hoje, ao chegar aos 15 anos de existência, podemos afirmar duas coisas:

- Respeito as diversidades (todas elas sem exceção), sinceridade e responsabilidade no que se faz, pode sim existir e afirmamos que dá certo! E

- Qualquer que seja o seu trabalho, missão ou atividade na vida, faça com dedicação e responsabilidade e, só assim poderá olhar para trás e ter a certeza de que fez o que era correto. Os resultados falarão por você.

2 de janeiro de 2013

0 QUANDO O "LIXO" VIRA RENDA

DSC00488Os Guardiões do Mar, durante 2011/2012, tiveram a oportunidade de incubar duas redes de comercialização de materiais recicláveis. A Rede CataSonhos, com patrocínio Petrobras e parceria com o BNDES e a Fundação Banco do Brasil (FBB) e a Rede Leste, com apoio financeiro do BNDES e da FBB e, em parceria com a Petrobras.



O contrato da Rede CataSonhos encerrou em janeiro de 2012, mas a responsabilidade dos Guardiões em monitorar os resultados e apoiar nas necessidades não acabaram. Afinal, foram muitos equipamentos, obras e uniformes entre tantas outras coisas disponibilizadas. Além disso, aguardamos uma segunda etapa de patrocínio para instituir a Rede oficialmente e finalizar o período de incubação.

DSC00483O Projeto Rede Leste foi aditado de tempo e transcorreu ao longo de todo o ano de 2012, com término previsto para março de 2013. Ele é um grande desafio: - Juntar cooperativas de uma área com mais de 3.000 km² (De Niterói a Região dos Lagos). Juntá-los, apresentá-los, e fazer com que todos entendessem o desafio de formar uma rede, mesmo estando tão distantes. Foi uma grande conquista, alcançada a muitas mãos. Para isso parabenizamos todos, tanto a equipe Guardiões quanto as lideranças das cooperativas envolvidas. Mais ainda, conseguimos também juntar duas redes distintas, mesmo com suas peculiaridades distintas, em reuniões de discussões técnicas que foram produtivas.

Desde 2006, a equipe Guardiões do Mar vem transformando em dados de relevância ambiental (Balanço Ecológico) todo material reciclável reaproveitado ou reciclado através do mercado. Em 2012 não podia ser diferente. Fizemos o balanço ecológico dos 10 primeiros meses (janeiro a outubro) e, com muito orgulho chegamos aos números apresentados abaixo.

DSC00482Estes são resultados de uma gestão participativa e transparente, onde lideranças, cooperados e técnicos, sentam a mesa em pé de igualdade para discutir os melhores caminhos e a melhor logística, de forma a conquistar um objetivo maior: - GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA para catadores de material reciclável. O melhor é que o meio ambiente também sai ganhando.





Agradecemos a todos os envolvidos das cooperativas participantes das duas redes, ao Movimento Nacional de Catadores/MNCR (lideranças do Rio de Janeiro), que se fazem presentes, acompanhando e orientando para que o trabalho siga sempre as premissas do movimento. Agradecemos também aos apoiadores, sem os quais, os resultados não seriam possíveis: Petrobras, BNDES e Fundação Banco do Brasil. Nossa gratidão para aqueles que abraçaram a causa da doação de recicláveis para os catadores e cooperativas e nossa esperança que mais pessoas, condomínios e empresas adotem a prática.

Desejamos a todos um 2013 ainda mais reciclado, com muitos postos de trabalho gerados e com muita economia de recursos naturais. O planeta agradece e os catadores de materiais recicláveis e suas famílias também.

FELIZ 2013!

cooperativas coletaram e comercializaram 5.094.750 kg de recicláveis**.

Com isso foram poupados (as):

► 28.129 árvores;
► 2.659.005 L de água de processos de fabricação de bens;
► 2.539.617 kw de energia.
► 416.304 kg de CO2 não foram para a atmosfera;
► 11.405.325 L de água não foram contaminadas com óleo vegetal residual;
► Bauxita (44.119 kg);
► Areia (1.775.428 kg);
► Petróleo (1.378.492 kg) voltaram às cadeias produtivas, resguardando nossa biodiversidade, entre outros recursos.

*Cooperativas participantes de ambas as redes e seus municípios:

Duque de Caxias: COOPCAMJG;
Rio de Janeiro: COOP Reciclando Para Viver - Centro/RJ e COOPQUITUNGO - Brás de Pina;
Niterói: COOP MORRO DO CÉU e COOPCANIT;
São Gonçalo: RECOOPERAR S. G. e COOPBRARECICLE;
Itaboraí: RECOOPERAR ITA e COOPEREFICIENTE;
Magé: COOPBONGABA;
Araruama: ASSOCIAÇÃO PERSEVERANÇA;
Cabo Frio: COOPER FORTE;
Arraial do Cabo: COOP CLEAN e COOP COSTA DO SOL e
Búzios: COCARE.

22 de fevereiro de 2012

2 PARA QUE SERVE UM PROJETO SOCIAL?

Apesar do nome projeto social remeter a assistencialismo, nada tem a ver. O projeto desenvolvido pelos Guardiões do Mar tem na verdade o compromisso de gerar trabalho e renda. Aliás, além de uma linha adotada pelos Guardiões este é o compromisso dos contratos de patrocínio que assinamos com a Petrobras. Nada de cestas básicas ou atividades de terapia ocupacional. Os tempos são outros! Precisamos que aqueles que vivem em condições de pobreza, possam dar o passo necessário para verdadeira melhoria da qualidade de vida de suas famílias.

DSC01482_1280x720Ao adotarmos a linha ligada a reciclagem, vimos o potencial de atender a várias frentes, quais sejam: geração efetiva de trabalho e renda, melhoria estética e ambiental das áreas atendidas e ainda, reaquecimento da economia local, com efeitos regionais. Quando se gera postos de trabalho, não são só salários que são criados. Cria-se aí um círculo, pois aqueles que passam a receber no fim do mês, se tornam novamente consumidores, não mais necessitando de favores nem de assistencialismo. Quando estes postos (de trabalho) são gerados a partir da comercialização de matéria prima barata e/ou disponível abundantemente e que ainda tem como norte a melhoria ambiental (como é o caso da reciclagem), chega-se então ao desenvolvimento sustentável.

DSC01490_1280x720Por isso, insistimos tanto no apelo para que cada cidadão em qualquer lugar que esteja (bairro, cidade, estado) separe corretamente seu lixo úmido (ou orgânico) dos recicláveis. Ao fazer isto, facilita a coleta domiciliar da Prefeitura, diminui o impacto nos aterros e, ao doar o reciclável para uma cooperativa de catadores, gera mais postos de trabalho.

 

Em janeiro, foi encerrado o contrato do projeto CataSonhos, com patrocínio Petrobras. Com resultados mais que efetivos. E, mesmo assim, continuamos praticando as ações que ele previu. No dia 10/02, estivemos em Arraial do Cabo, para disponibilizar uma camionete EFFA adquirida pelo patrocínio para os catadores das Cooperativas Costa do Sol e Cooper Clean, daquele município. Arraial sai na frente na questão da implantação da coleta seletiva solidária e cabe aqui um elogio à Prefeitura e Secretaria de Ambiente de lá, pois buscou parcerias de forma a melhorar as condições tanto dos catadores, quanto da própria cidade. Mais uma vez voltamos ao início. Um "projeto social", já encerrado, continua gerando mais e mais postos de trabalho. Os Guardiões, cumprindo sua linha de ação, e atendendo a demanda do Programa Desenvolvimento & Cidadania da Petrobras, a Prefeitura envolvida e ciente de suas responsabilidades e os catadores que não querem esmolas, querem sim um compromisso e condições de coletar o reciclável nosso de cada dia, transformando ações conhecidas como assistencialistas em geração de trabalho e renda.

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A secretaria de Ambiente de Búzios também está a passos largos para começar sua coleta seletiva solidária e lá, a COCARE, será a cooperativa beneficiada. Na Região dos Lagos acontece o Projeto Rede Leste, com apoio da Fundação Bando do Brasil e do BNDES e parceria com a Petrobras. Neste projeto vários equipamentos e insumos estão sendo disponibilizados para as Cooperativas, mas faltava o veículo. Nesta feliz parceria, duas redes se fundem: CataSonhos e Leste e assim, melhoramos as condições ambientais e sociais na Região. Parabéns a todos, Prefeituras, Cooperativas e sociedade. E óbvio, agradecemos aos Patrocinadores – Petrobras, FBB e BNDES - que permitem que estes trabalhadores reencontrem seu caminho com resgate da dignidade, através do trabalho.

Obs. As redes CataSonhos e Leste juntas, somam 18 empreendimentos solidários. São mais de 400 famílias atendidas. no ano de 2011, retiraram do ambiente mais 1.000 toneladas de recicláveis, aumentando a vida útil dos aterros, melhorando as condições estéticas das áreas de atuação e melhor de tudo: promovendo o desenvolvimento sustentável!

15 de fevereiro de 2012

0 PROJETO CATASONHOS FOI ENCERRADO COM FESTA E REÚNE COOPERATIVAS DE 08 MUNICÍPIOS

DSC06703Em 07/02, em evento realizado no Centro de Integração do COMPERJ/SG, foi encerrado o Projeto CataSonhos. Catadores de cooperativas de oito municípios, em clima de festa e de muita esperança, autoridades municipais de Búzios e Arraial do Cabo e o gestor do projeto, pela Petrobras, o Sr. Marcelo Brandão e outros parceiros deram o tom da festa. Iniciado em janeiro de 2011 e encerrado em janeiro do corrente, o projeto CataSonhos, patrocinado pela Petrobras e realizado pelos Guardiões do Mar, tem muito a comemorar. Durante a vigência foram instituídas duas novas cooperativas de catadores (COOP RPV e COOPPCAMJG), que a muitos anos lutavam por sua legalização. Quatro cooperativas tiveram sua documentação atualizada, Infraestrutura custeada pelo projeto, como caminhões, utilitários, computadores, construções e reformas de galpões, uniformes, ferramentas, EPI's, entre tantas outras. Mas, acreditamos que o maior resultado tenha sido a instituição de uma rede estruturada e protagonizada pelos próprios catadores. A Rede CataSonhos hoje existe e é comandada pelas seis cooperativas atendidas.
DSC06725Discussões sobre rotas, custos, doações, comercialização, empréstimo de caminhões e representações em reuniões, sem citar outras tarefas tão importantes quanto, fazem parte do dia a dia destas lideranças, apreendidas pelas capacitações ministradas pelo corpo técnico dos Guardiões e custeadas pela Petrobras. Ao longo de 2011, foram coletados e comercializados mais de 600.000 kg de material reciclável, oriundos das coletas em grandes geradores. Mais de 30 grandes empresas descartam corretamente seus recicláveis, transformando passivos ambientais em matéria prima e gerando postos de trabalho para catadores e seus familiares. Durante 12 meses foram realizados sonhos de mais de 170 famílias, que eram o de melhores salários e com condições dignas de trabalho. Agora, vamos propor a Petrobras uma nova ação, que além de oficializar esta rede que já existe de fato, vamos incluir mais e mais grupos. Nossa meta é chegar a mais de mil famílias com postos de trabalho gerados a partir da comercialização destes recicláveis e ainda disseminar a metodologia de incubação de redes. Comemorou Pedro Belga presidente dos Guardiões do Mar. A importância da Rede CataSonhos pode ser medida pelo número de cooperativas que se mobilizaram para participar desta grande festa. Estiveram presentes no prédio do COMPERJ em São Gonçalo, as cooperativas: Cooper Forte de Cabo Frio; Cooperativas Costa do Sol e COOP CLEAN de Arraial do Cabo; Associação Perseverança de Araruama; Cooperativa Bongaba de Magé; Cooperativa ReCooperar e Cooper Eficiente de Itaboraí; Cooperativa Recooperar e Cooperativa Brasileira de Reciclagem de São Gonçalo; Cooperativa de Catadores de Niterói (Coopcanit); Cooperativa Reciclando Para Viver do Centro do Rio; Cooperativa Quitungo de Brás de Pina e Cooperativa de Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho em Duque de Caxias.

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O evento contou ainda com a presença de autoridades como o Secretário de Meio Ambiente de Arraial do Cabo, a Secretária de Meio Ambiente e Pesca de Búzios, o Sr. Jorge Pinheiro, da SEA, representando o Projeto de Coleta Seletiva do INEA, o Sr. Marcello Brandão da Comunicação Institucional da Petrobras e o Sr. Custódio Chaves da Coordenação do Movimento Nacional de Catadores de Recicláveis no Rio de Janeiro. A Agenda 21 de São Gonçalo e diversas lideranças da sociedade civil organizada também estiveram presentes no evento, que culminou com um coquetel para as 200 pessoas presentes. Durante o evento foi assinado um termo de cooperação mútua entre a Secretaria de Meio Ambiente de Arraial do Cabo, os Guardiões do Mar e a Coop Clean. O município de Arraial, visando iniciar a Coleta Seletiva Solidária na cidade com a contratação de cooperativa de catadores adequando-se a Lei Nacional de Resíduos Sólidos (12.305), solicitou aos Guardiões uma caminhonete do projeto CataSonhos que será emprestada à Coop Clean. Com isso acelera-se a mobilização dos munícipes, que perceberão as ações, enquanto se dá o processo burocrático comum a este tipo de atividade/contratação pelo poder público. Ganham as cooperativas que terão aumento de escala em suas coleta, com melhoria dos percebimentos mensais, ganha a população, que terá uma cidade esteticamente melhor e o meio ambiente. Parabéns ao Secretário Davi, pela iniciativa.

Se você acha que realizar sonhos é uma tarefa difícil, não é! Para começar, basta separar corretamente o seu lixo orgânico dos recicláveis e doar a um catador ou cooperativa. Pronto, está feita a sua parte. Cabe a nós da Rede CataSonhos triar e comercializar, retribuindo seu gesto com uma CIDADE esteticamente melhor (ruas, praças, praias e campinhos mais limpos); socialmente mais justa, pois famílias inteiras terão seu sustento garantido, diminuindo as desigualdades socais e; ambientalmente correta, pois matérias primas e combustíveis fósseis serão economizados, por que o catador realizou o sonho de ter uma atividade digna.Doe recicláveis e ajude a reciclar tudo, até vidas!

25 de novembro de 2011

0 Pedimos um minuto de atenção para falar de um ser humano especial

Acreditamos que o diferencial dos Guardiões do Mar está justamente na relação que estabelece com as pessoas. Não por acaso adotamos a máxima de que o "ser humano é o principal componente do ecossistema". Se assim não fosse, de que adiantaria escrever, captar recursos e executar projetos de preservação, onde o "bicho homem" não fosse o ator principal? Por exemplo, um catador de material reciclável se torna um agente ambienta, no momento em que ele entende e passa a reaplicar a idéia de que "lixo" pode e deve virar renda. Assim cuida do órgão mais importante do corpo: o bolso. Este órgão é tão mais importante, quanto menor o poder aquisitivo.

DSC05122Por conta disto, todo empreendimento já criado pelos Guardiões do Mar, mesmo após o término do período de incubação/patrocínio, se torna um novo amigo. Disto, nos orgulhamos! Ontem, soubemos que uma nossa amiga (catadora de material reciclável) Dona Conceição Macedo, está internada em estado grave, com sérias complicações de saúde. Isto muito nos entristece, pois além de um ser humano ímpar, ela passou a fazer parte de nossas vidas tanto institucional quanto pessoal. Dona Conceição cunhou o título do projeto que hoje executamos a Rede CataSonhos, quando ela diz em um vídeo, disponível em nosso site, que ela é uma "catadora de sonhos". Sua luta diária para levar o pão para sua casa, catando aquilo que seria lixo, nas casas dos vizinhos e depois ao longo de três bairros do município de São Gonçalo, nos emociona até hoje e, nos aproximou dela. Assim se deu a formação de uma cooperativa de catadores e sua participação efetiva permitiu a ela vivenciar o mundo Rio Fashion Week, quando ela lá esteve para receber o Prêmio Mulher Empreendedora do SEBRAE em 2009, no qual obteve o segundo lugar. Segundo suas palavras, ela jamais poderia imaginar que um dia viveria um momento como aquele. Estar num ambiente que só tinha acesso pela televisão, no meio de modelos famosas, celebridades e ainda por cima, sendo ela uma homenageada. Mais uma vez entendeu o quanto catava sonhos e melhor que catar, ela os via transformarem-se em realidade.

Dona Conceição, a catadora, que chamava as donas de casa anônimas (que deixavam nas calçadas o saquinho com material reciclável separadinho) de freguesas, saiba que enquanto estiver no hospital, nós, Guardiões do Mar, cooperados da Rede CataSonhos, e todas as suas "freguesas" seremos menores, sem sua presença na rua, no galpão ou na nossa sede, pegando o seu material e levá-lo ao galpão para ser triado, enfardado e comercializado, gerando renda para si e para seus companheiros de luta.

Rogamos a Deus que nos permita privar mais da sua presença nessa dimensão, fazendo com que melhore logo.

Pedimos a todos os nosso amigos no Face, no Twitter, no blog, que se juntem a nós em oração para que seja restabelecida a saúde dessa figura linda. Dessa gigante de 1,48m de altura.

Quem nos lê nesse momento, caso não a tenha conhecido, não sabe o que perdeu. Ou melhor, não perdeu nada, porque o mundo é melhor pois dentre tantas outras figuras importantes, ainda vive nele, a Dona Conceição, mesmo que em uma cama de hospital.

Conceição, volta logo, estamos morrendo de saudades de seu sorriso e de seu jeitinho de ser.

Te amamos muito!

23 de setembro de 2011

3 Lançamento da rede CataSonhos

Em 20/09 último a Ong Guardiões do Mar, com o patrocínio da PETROBRAS e em parceria com a Fundação Banco do Brasil e o BNDES, lançaram oficialmente a Rede CataSonhos, de comercialização de materiais recicláveis e óleo vegetal residual em escala. A rede é resultado do Projeto CataSonhos, realizado pela Ong desde janeiro do corrente.

IMG_5574Para a ocasião foi realizada uma grande festa que também teve a intenção de inaugurar o galpão sede da Cooperativa ReCooperar de Catadores de Materiais Recicláveis de São Gonçalo e base administrativa da Rede CataSonhos.
A festa contou com a presença de autoridades militares, Poder Público, Sociedade Civil Organizada, dos patrocinadores do projeto, das principais empresas doadoras de recicláveis (grandes geradores), os catadores das cinco cooperativas fundadoras da Rede e ainda amigos e parceiros da Ong e das cooperativas

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Quer saber mais sobre a rede CataSonhos? Clique aqui.

IMG_5581Foi servido um delicioso café da manhã  e uma exposição com móveis e utensílios confeccionados com material reciclável foi apresentada aos convidados
 
Lideranças de cooperativas de São Paulo, Cabo Frio, Búzios, Arraial do Cabo, Rio de Janeiro, além do Presidente do Movimento Nacional dos catadores, seção Rio de Janeiro, o Sr. Tião Santos, ajudaram a abrilhantar ainda mais esta festa.

IMG_5658A cerimônia começou com a composição da mesa: Sra. Valéria Bastos (Assistente Social do Aterro Sanitário de Jardim Gramacho), o Vereador de São Gonçalo Capitão Nelson, o Sr. Almir (da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha), o Sr. Marcello Brandão, representando a Petrobras (patrocinadora), o Sr. Luiz Gonzaga (Fundação Banco do Brasil, apoiadora), Sebastião Santos (MNCR), o Sr. Elias Cavalcante (Subsecretário de Planejamento de São Gonçalo) e o Sr. Pedro Belga (Guardiões do Mar). Foi cantado o Hino Nacional Brasileiro e cada componente da mesa fez uma fala sobre a atividade ali comemorada. Os presidentes das Cooperativas fundadoras da Rede deram depoimentos e foi assinado o Regimento Interno e a Carta de Intenções da Rede CataSonhos, lançando oficialmente a mesma.

IMG_5666Foi uma grande festa e motivo de muita comemoração, pois trata-se de uma nova etapa. Durante seu discurso o presidente da Ong, disse que o Galpão que estava sendo inaugurado e a Rede lançada eram os presentes da Ong para o município de São Gonçalo, que no dia 22/09 completou 122 anos.

 


Desejamos sorte as Cooperativas Quitungo, Reciclando Para Viver, ReCooperar de São Gonçalo, de Catadores do Aterro Sanitário de Jardim Gramacho e ReCooperar de Itaboraí. Agora, só precisamos que a sociedade entenda o importante papel que tem na geração de trabalho e renda e na construção de um mundo melhor, com o simples ato de doar seus recicláveis e o óleo vegetal residual.

Agradecemos a todos que de forma direta ou indireta contribuíram para esta grande vitória e em especial à equipe Guardiões do Mar.

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19 de setembro de 2011

0 UMA REDE QUE REALIZA SONHOS TEM INÍCIO EM 20/09

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Amanhã dia 20 se Setembro será lançada a Rede CataSonhos. Com o patrocínio da Petrobras e realizado pela Ong Guardiões do Mar a rede prevê o resgate da cidadania e da dignidade de catadores de materiais recicláveis em parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro através da comercialização conjunta de materiais recicláveis e óleo vegetal residual agregando valor, com diminuição de custos. As Cooperativas que constituem esta nova forma de se relacionar com o mercado são: COOPQUITUNGO (Brás de Pina), COOPCAMJG (Jardim Gramacho), Reciclando Para Viver (Centro/RJ), Recooperar São Gonçalo e Recooperar Itaboraí.

Para comemorar este acontecimento as 10h00min será servido um café da manhã para os cooperados e convidados em geral e as 11h00min será realizada uma solenidade para o lançamento oficial. A festa acontecerá no Galpão Sede da Rede, situado à Travessa Manuel Pita, n.o 120 – Porto Novo – São Gonçalo – RJ – CEP. 24435-700.

Este projeto teve início em janeiro do corrente e desde então, mobilizou e mapeou catadores e cooperativas nas localidades acima. Os grupos solidários encontravam-se em níveis muito díspares de organização e legalização. A equipe técnica do projeto ministrou cursos de cooperativismo, gestão financeira e administrativa, padronização de fardos (de materiais recicláveis), entre outros. Um contador acompanhou as lideranças durante todo o processo de legalização daqueles que só existiam de fato, mas não de direito e ainda, atualizou documentação dos que apresentavam pendências. Além disso, um enxoval básico com vistas ao nivelamento de infra estrutura também está sendo disponibilizado para os cinco grupos. Três caminhões de maior porte (8 e 13 ton de carga) e dois de menor (4 ton de carga) fazem as coletas nos grandes geradores e levam aos espaços físicos dos empreendimentos, onde os resíduos são pesados, triados, prensados para posterior comercialização. E a Rede já está dando resultados:

_ “... Foram anos de luta nadando e nadando, sempre morrendo na praia. E hoje em poucos meses estamos assistidos por um projeto que está trazendo benefício para todo mundo. Estruturando nossa área de atividade (mesmo com espaço provisório), EPIs, uniformes e transporte para coleta do material que é doado...” trecho de entrevista com a Sra. Claudete da Costa Ferreira – Presidente da Cooperativa Reciclando Para Viver, no Centro do Rio.

MAS, POR QUE REDE CATASONHOS?

Por se tratar de uma ação voltada para os catadores de material reciclável, uma catadora de São Gonçalo (senhora Conceição Macedo) declarou que após entrar para uma cooperativa percebeu que assim poderia melhorar de vida. Ela disse: “Agora, sou uma catadora de sonhos”.  O nome CataSonhos está vinculado a idéia de melhoria de qualidade de vida e intimamente aos desejos do catador. A marca do projeto é um coletor de sonhos, um filtro que separa o sonho ruim do bom.

QUAL A IMPORTÂNCIA DE UMA REDE?

Ela potencializa o trabalho dos catadores na hora da comercialização. O mercado da reciclagem é denominado Oligopsônico, ou seja, quem compra é que estabelece o valor. Quando várias cooperativas se juntam e passam a vender em escala (grande volumes), fica mais fácil conseguir melhores preços. Por isso a necessidade de criação das redes, pois juntos, eles são mais fortes. Hoje, o valor da cesta de recicláveis está em torno de R$ 0,35 (trinta e cinco centavos). Este valor corresponde a soma de um quilo dos principais materiais como vidro, papel branco, papel misto, revista, jornais, latinhas, ferros em geral, Tetra Pak, entre outros. Assim se chega a esta média. Se levarmos em consideração o salário mínimo atual. Uma cooperativa com 20 catadores precisará coletar 31.142,85 quilos de material, para conseguir os vinte salários. Não estão computadas aqui despesas fixas como energia, telefonia, IPTU, combustível, taxas em geral, etc. Ou seja, quando se atua em rede melhora-se o valor da cesta, por conta da escala e assim melhoram-se os salários dos catadores.

Ajude-nos a tornar esta Rede mais eficiente. Converse com seus vizinhos, amigos, síndico, façam um grande movimento em prol da melhoria estética, social e ambiental de nossa cidade. Os empresários também estão convidados a fazer parte desta mudança. Não importa o tamanho de seu empreendimento, a coleta é gratuita. Entre em contato e entenda como funciona!

Ao separar corretamente seu lixo molhado do seco você: desacelera o aquecimento global; poupa energia; diminui a derrubada de árvores; enfim, diminui o impacto ambiental negativo. Isto é ecologicamente correto!

Além disso, promove o resgate da dignidade de famílias de catadores, que poderão pagar por suas moradias, alimentação e ter uma vida melhor. Isto é socialmente justo!

Ao retornarem ao mercado como consumidores, essas famílias reaquecem a economia. Isto é economicamente viável! Logo, todos estaremos praticando o desenvolvimento sustentável!

“_ Os Guardiões do Mar incubam empreendimentos solidários, gerando trabalho e renda já a treze anos. Com o patrocínio da Petrobras, podemos potencializar estes resultados e somente no ano de 2011 estamos atendendo com este projeto diretamente 180 famílias. Isto é motivo de orgulho e nos faz viver a sensação do dever cumprido.” Disse Pedro Belga, presidente dos Guardiões.

PROJETO CATASONHOS – RESULTADOS PARCIAIS

Principais produtos: Dois Galpões (um reformado e outro construído), totalizando mais de 2000 metros disponíveis para triagem, prensagem, armazenagem e comercialização de recicláveis; Cinco caminhões: com capacidade de carga de: dois de 13 ton; um de 08 ton; dois de 04 ton.). Uma Ducato; uma estação de filtragem de óleo vegetal residual em operação; uma rede de comercialização criada e em plena operação; Distribuição de enxoval básico aos grupos atendidos, quais sejam: EPI’s, computadores com impressoras, racks, papel, tinta de impressora, etc.; Uniformes (calças, bermudas, bonés, camisas), uma campanha de comunicação pautada na captação de novos doadores e mobilização da sociedade para o correto descarte de recicláveis que prevê: outdoors, banners, folders, panfletos, placas; faixas, site, blogs, redes sociais, informativos, brindes, adesivos de carros, envelopamento de veículos, pastas, ecobags, etc.

Principais resultados: mais de 30 grandes empresas, como parceiras/doadoras; Aproximadamente 180 famílias de catadores atendidos em cinco cooperativas, com melhoria da qualidade de vida; Contribuição para a melhoria da qualidade estética e ambiental da região atendida; qualificação dos catadores para gestão de seus empreendimentos e da Rede formada, promovendo o protagonismo dos mesmos; melhoria das condições laborais; duas cooperativas legalizadas pela ação do projeto e três atualizadas;

As Cooperativas que já possuem seus blogs:
http://www.recooperarsaogoncalo.blogspot.com/
http://coopquitungo.blogspot.com/
http://recooperaritaborai.blogspot.com/

12 de setembro de 2011

1 Separe o lixo e acerte na lata

An_mude_de_atitude_e_ajude_muita_gente_ganhar_a_vidaCampanha do Governo Federal que ensina como separar e como aproveitar corretamente o lixo.
Não é uma campanha recente, mas vale sempre a pena repassar.

Esta campanha publicitária priorizou uma abordagem mobilizadora, de utilidade pública e de educação ambiental, no sentido de esclarecer à população sobre a importância do reaproveitamento dos resíduos sólidos e ensinar a correta separação do lixo úmido e seco.

Veja abaixo os 3 vídeos da campanha:

 

Garrafa Pet

Latinha

Banana

6 de setembro de 2011

0 PROJETO REDE LESTE CHEGA A REGIÃO DOS LAGOS

Após diversas conversas, mobilizações, idas e vindas, ontem 05/09 realizamos reunião com a Secretaria de Ambiente de Araruama, onde fomos muito bem recebidos. Estava presente o Secretário, sua equipe e a líder da cooperativa que será instituída em 12/09 a COOPERATIVA PERSEVERANÇA de catadores de material reciclável. Após 08 anos de luta a líder, Sra. Norma vê tornar-se realidade seu sonho: O lançamento da campanha de coleta seletiva solidária municipal e a instituição da Cooperativa. Parabéns a Prefeitura e mais ainda a Norma, que soube perseverar e ver seu sonho realizar-se.

O projeto Rede Leste, realizado pela Ong Guardiões do Mar em parceria com o IBS e patrocinado pela Fundação Banco do Brasil e pelo BNDES apoiará a nova cooperativa de formas diversas (EPI’s, custas para fundação, uniformes, capacitações, acompanhamento técnico, computador, etc.) além de recebê-la na Rede de Comercialização que se encontra em formação para que juntos, os catadores sejam mais fortes e possam aumentar ainda mais os postos de trabalho gerados pela coleta de materiais recicláveis. Transformando aquilo que não nos serve mais (e que não é lixo) em renda e dignidade para no caso da Cooper Perseverança 32 famílias.

Além da bem sucedida reunião em Araruama, participamos (05/09) de reuniões com a Cooper Clean em Arraial do Cabo, a Cooper Forte em Cabo Frio e agendamos para esta semana ainda com a Cooper Costa do Sol (também em Arraial do Cabo) e uma cooperativa de Búzios.
Ao todo serão mais de 180 famílias (catadores) atendidas (em cinco cooperativas da região) por esta Rede que em muito fortalecerá a atividade de coleta de recicláveis promovendo sua comercialização em escala. Além do atendimento básico, equipamentos de proteção individual, doação de computadores completos, oficialização dos grupos e regularização documental, também serão ministradas capacitações diversas e acompanhamento técnico para a fundação da Rede.
O projeto tem o patrocínio da FBB e do BNDES e é realizado pelos Guardiões do Mar em parceria com o IBS. Até dezembro pretendemos atender 350 catadores (e familiares) com melhoria da qualidade de vida e aumento dos percebimentos mensais, resgatando a dignidade destas famílias, gerando emprego e renda. Ao longo do ano de 2012 pretendemos que coleta seletiva seja uma prática comum nesta região e que os catadores possam atuar como agentes ambientais. A partir de um trabalho de comunicação onde a população possa se tornar socialmente justa e ambientalmente correta.

27 de agosto de 2011

3 Breve Histórico - ONG Guardiões do Mar

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Através de estudos/entrevistas nas escolas públicas e privadas nos municípios de Niterói e São Gonçalo, foi observada uma grande falta de informação sobre os ecossistemas costeiros do Brasil e do mundo. É sabido que aproximadamente 2/3 da população mundial vive a menos de 200 km da costa. O Brasil possui mais 8.000 km de costa e um grande número de comunidades que vivem basicamente da pesca e seus produtos. Sabemos ainda que as áreas costeiras são as mais produtivas e que boa parte do oxigênio atmosférico é resultado do metabolismo das microalgas que são encontradas em abundância nestas regiões.

O projeto/Ong Guardiões do Mar, pela proximidade, adotou como ecossistema e área de atuação a Baía de Guanabara, um importante e belíssimo patrimônio ecológico do Estado do Rio de Janeiro, que vem ao longo da história sofrendo graves e constantes agressões. Assim, de forma pontual, porém constante, iniciou-se um trabalho de educação ambiental (março de 1993), utilizando o atrativo das cores e de atividades lúdicas para mostrar a importância de preservar nossos ecossistemas, priorizando as áreas costeiras.

A primeira grande tarefa foi mostrar porque preservar. Nasceu assim a idéia de exposições itinerantes onde aquários de água salgada e uma coleção seca (restos de pesca), eram montados de forma didática para desmistificar a idéia de que “educação” só se faz em sala de aula, com quadro e giz.

Assim um grupo de universitários/professores da área de biologia e biologia marinha, criou o que viria a ser conhecido como Projeto Guardiões do Mar, que de março de 93 até abril de 1998, atuou em diversas localidades/comunidades, dos municípios de Niterói e São Gonçalo entre outros.

Eventos importantes como Niterói encontro com Portugal – Brasil 500 anos e a I Expo Ciências do Mar de Niterói, foram os primeiros grandes eventos elaborados e realizados pelo então jovem Projeto Guardiões do Mar.

HOJE:

A Ong Guardiões do Mar é uma instituição sem fins lucrativos, sediada no município de São Gonçalo e fundada em 19 de março de 1998. Desenvolve projetos socioambientais promovendo ações de mobilização social e educação ambiental aliadas à geração de trabalho e renda em comunidades menos favorecidas. Suas atividades estão pautadas nos conceitos de Economia Solidária e Comércio Justo, tendo como principal componente fomentador de renda, o reaproveitamento de resíduos sólidos pós-consumo e ainda, coleta, triagem e comercialização de materiais para a reciclagem. Questões como gênero, etnias, jovens e comunidades em risco social, entre outros, são a base para a elaboração e execução das ações da Ong Guardiões do Mar, que remetem para o desenvolvimento sustentável. Nossa missão é: Preservar e proteger ecossistemas naturais usando de estratégias que levem ao desenvolvimento sustentável, tratando o homem, como principal componente do meio.

Principais Ações Realizadas

Os Guardiões do Mar desenvolveram uma linha de atuação baseada na instituição de grupos em associativismo/cooperativismo. Os produtos confeccionados por esses empreendimentos (cooperativas) e comercializados são oriundos de comunidades diversas. Estes produtos concentram conceitos ambientais e sociais, promovendo assim o Desenvolvimento sustentável. No tocante ao reaproveitamento as principais cooperativas apoiadas por esta gestão (com ou sem incubação) foram a Manguezarte Arte e Cultura, Modelarte – Ateliê Mulheres das Pedrinhas e Mulheres de Fibra (em São Gonçalo), e Mulheres Arteiras (em Niterói). Estas cooperativas possuem produção própria ou agregam valor às peças oriundas de outras comunidades, fazendo com que um único produto gere renda para ao menos dois grupos/comunidades diferentes.

Em julho de 2005, os Guardiões do Mar conquistaram sua sede própria, o que permitiu alçar vôos ainda maiores. O Centro de Referência Guardiões do Mar foi adquirido e reformado com o patrocínio da Petrobras. Cursos e oficinas para professores, lideranças comunitárias e jovens, ações afirmativas, gincanas, oficinas de artesanato com reaproveitamento de resíduos envolvendo a comunidade, entre diversas outras atividades. Todas estas atividades têm como viés a educação ambiental e as questões ligadas ao ambiente adjacente.

Os excelentes resultados com as atividades acima estão pautados em uma metodologia própria de gestão comunitária. Atualmente a Fundação Banco do Brasil e o BNDES, também fazem parte desta carteira de apoiadores da instituição.

Participação em eventos nacionais e internacionais:

17º Congresso Internacional do Petróleo (17 WPC - RJ); 3o e 4o Congresso GIFE Ibero-Americano do Terceiro Setor (São Paulo); IV, V, VI Expo Brasil - Desenvolvimento Local (Fortaleza – CE, Salvador – BA e Cuiabá – MS respectivamente), VI Fórum Social Mundial (Caracas-Venezuela); Recicla-Ação (Curitiba – Paraná); I Seminário Nacional de RTS (Salvador – Bahia); I Seminário Internacional de Reciclagem (Porto Alegre – RS); Congresso Nacional de Lixo e Cidadania (Belo Horizonte – MG); III Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade (RJ); 4a Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação (Brasília – DF). Estes e diversos outros eventos fazem parte da capacitação da equipe para levar sempre informações atualizadas para as comunidades atendidas.

Ao longo de 13 anos, os programas, projetos e ações realizaram atividades inéditas nas comunidades alvo, causando efetivas e perenes transformações naquelas localidades e grupos de pessoas.

Em 2006, com a realização do projeto Re-Cooperar, os Guardiões entraram em uma nova fase de empreendimentos. Formar cooperativas de catadores de materiais recicláveis e passar a atuar em outro tipo de mercado: o da reciclagem. Com esta ação, passamos a atuar em sistema de rede com empreendimentos de São Paulo e Minas Gerais. O que no início parecia um grande desafio, tem se mostrado (por intermédio dos resultados), mais uma ação de sucesso. Resultados atuais desta atuação são as Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis de São Gonçalo e Itaboraí, ambas com Licença de Operação do INEA.

Prêmios:

  • 2003 e 2004 - Prêmio Super Ecologia da Revista Super Interessante (Editora Abril Cultural), na categoria Comunidades.
  • 2006 - Prêmio Mulher Empreendedora do SEBRAE, Cooperativas Manguezarte e Modelarte (segundo e terceiro lugares).
  • 2009 - Cooperativa Recooperar de São Gonçalo, por intermédio da indicação da catadora Conceição Macedo da Silva (segundo lugar) e a artesã Marilêda, presidente da Modelarte (quarto lugar).
  • 2010 - Ong Guardiões do Mar foi homenageada no 4o Prêmio Brasil de Meio Ambiente do Jornal do Brasil, como destaque municipal, por conta dos resultados alcançados com as atividades realizadas com catadores de materiais recicláveis urbanos.
  • 2010 – Cooperativa Recooperar de São Gonçalo – Prêmio valores do Brasil, conferido pelo banco do Brasil na categoria Educação Ambiental - Fitilhagem

Tudo isso, nos leva a dispor em nossa carteira de patrocínios, empresas e instituições como: Petróleo Brasileiro SA, Eletrobrás, Furnas Centrais Elétricas, Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Prefeitura Municipal de São Gonçalo, Secretaria de Estado do Ambiente, Fundação Banco do Brasil (FBB), Banco do Brasil (BB) e, diversos outros parceiros apoiadores também não menos importantes.

22 de junho de 2011

2 Se você gosta do mundo como está, não leia. Mas se achas que pode melhorar... Vamos Lá!

Vivemos hoje em mundo extremamente capitalista. A mídia promove a todo instante o consumo desenfreado. As fábricas parecem que já produzem os bens (de uma forma geral) com prazos cada vez mais curtos de duração. No sentido de que “se acaba logo”, compra-se outro em seguida (mais uma vez o consumismo desenfreado). As crianças, já em sua tenra infância estão aprendendo o que significa moda e consequentemente, que o que hoje está “bombando”, amanhã já deve ser descartado. Joga-se fora aquele bem ou produto e compra-se outro, que em seguida será também substituído. Esta máquina pode ser comparada a um monstro que ao menos uma coisa não leva em consideração: O SER HUMANO!

O Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), através de suas lideranças (nacional e estadual), estima que existam hoje aproximadamente 1.000.000, isso mesmo, um milhão de pessoas vivendo da catação nas ruas das grandes cidades. E acreditamos que este número esteja subestimado. O volume de dinheiro gerado pela reciclagem é imenso, mas, desorganizados, os catadores não tem condições de fazer frente aos empresários, sejam eles pequenos (ferros velhos, tão conhecidos por todos nós), médios ou grandes. Acredita-se que 95% de toda a arrecadação com a comercialização de recicláveis do país fiquem nas mãos dos empresários e apenas 5% seja disponibilizado para esta parcela que pelo número daria para fundar um município de grande porte. Imagine essa quantidade de pessoas, consumindo, pagando impostos. Imagine o catador, tão invisível para a grande maioria das pessoas. Ainda hoje há pessoas que confundem o catador com mendigos, ou pasmem, até com meliantes. Mas voltemos ao raciocínio. Imagine este exército de um milhão de pessoas (ou mais) trabalhando dignamente, vendendo dignamente seus recicláveis e consumindo “DIGNAMENTE”. Isso ajudaria sobremaneira a economia não é mesmo? Mas, sabe por que não acontece? Porque você, “digno” leitor, não está nem aí para o seu lixo! Não se preocupa em separar o seco do molhado. O orgânico do inorgânico. Se tivesse apenas este pequeno trabalho e, melhor ainda, doasse àquele individuo invisível, que com certeza, todos os dias percorre a sua rua, coletando o pouco que foi devidamente descartado, você, com este simples ato, estaria se tornando um cidadão ecologicamente correto e socialmente justo.

Não estamos aqui fazendo apologia ao catador para acabar com os empresários. Em hipótese alguma! Pois este catador terá que vender para alguém. Ao separar corretamente e doar seu “lixo”, o cidadão apenas faz com que todas a peças dessa máquina funcione devidamente. Só isso!

Se ainda não entendeu porque os Guardiões do Mar insistem tanto na educação ambiental focada no correto descarte (seleção dos recicláveis) e doação a um catador/cooperativa, siga nosso raciocínio.

Só com a mobilização em massa da sociedade poderá proporcionar a escala necessária para fomentar grupos solidários, ou seja, empreendimentos de catadores. A escala (grandes quantidades) se faz necessária, quando se faz a simples conta da cesta de recicláveis.

Atualmente (junho/11), a cesta, uma porção daquilo que normalmente é coletado (umas poucas garrafas pet, umas poucas latinhas, um punhado de papel misturado, umas caixinhas longa vida, etc.), está com o preço médio de R$ 0,35 (trinta e cinco centavos) o quilo. Logo, para que um catador possa ganhar o valor de um salário mínimo, será necessário que ele colete/trie/enfarde e comercialize exatos 1.557,14 quilos de materiais. Não estão inclusos aqui os custos fixos necessários para isso: energia/telefone/água/desgaste do veículo para coleta, motorista, IPTU, entre outros. Além disso, aqui está calculado (peso/salário) o valor líquido sem o pagamento dos encargos como o INSS por exemplo. Na verdade uma cooperativa com 20 catadores, com um caminhão e equipamentos básicos (balança, prensa, fragmentadora de papéis/plásticos, computador) e ainda um motorista cooperado, pagando todas as taxas e impostos necessários à manutenção do grupo/empreendimento, teria que coletar ao menos 45.000 ton/mês. Não estão contabilizados aqui os custos do veículo e dos equipamentos, partimos do princípio que estes foram adquiridos via patrocínio.

Por isso, este é um dos principais objetivos dos Guardiões do Mar. Transformar o patrocínio de grandes empresas como Petrobras, Fundação Banco do Brasil, BNDES, entre outras em infraestrutura para que o catador, ao verem a sociedade mobilizada, possa tornar-se também, mais que cidadãos. Tornarem-se também microempresários da reciclagem, fomentando a economia e ajudando a salva a nossa nave mãe: O PLANETA TERRA, com um mínimo de dignidade e de trabalho da sociedade.

Se você leu até aqui e, se concorda conosco, que tal começar hoje uma campanha de coleta seletiva na sua rua, condomínio, cidade. Vamos lá?Vamos mudar o mundo e a realidade das pessoas? Vamos gerar renda e ajudar o meio ambiente sem muito trabalho? Isso não é tudo, sabemos disso! Há muito que fazer, mas já é um bom começo.

Vejo vocês em posto de entrega voluntária de recicláveis ou quem sabe, em uma cooperativa de catadores.

Pedro Paulo Belga de Souza.

Presidente da Ong Guardiões do Mar

7 de junho de 2011

4 LIMPA BRASIL – Let’s Do It!

Em 05/06, além do dia mundial do meio ambiente, também comemoramos o lançamento do evento no Brasil, LIMPA BRASIL! Let’s do it! A Ong Guardiões do Mar e as Cooperativas de catadores, atendidas pelo Projeto CataSonhos patrocinado pela Petrobras participaram de ambos os eventos.

No domingo, de 09 as 17 h, estivemos no Aterro do Flamengo em um stand recebendo pessoas interessadas, não só na questão do resíduo sólido, como também nas questões gerais sobre o meio ambiente.

teste-scanner---11-04-11-033No aterro também estava presente a Secretaria de Estado de Ambiente, representada pelo INEA e Batalhão Florestal, entre outros. Centenas de pessoas puderam tirar suas dúvidas e participar de atividades como oficinas, flash mob e apresentações diversas. Cabe aqui um elogio aos integrantes da Secretaria de Estado que fizeram um grande vento.

 

teste-scanner---11-04-11-072No stand do Limpa Brasil pudemos informar aos interessados sobre a quantidade de “lixo” produzida todos os dias, por cada um de nós e ensinar a diferença entre lixo e material reciclável.
Quem visitou o evento saiu sabendo que pequenas ações individuais podem ajudar sobremaneira na preservação da vida. Centenas de catadores de material reciclável e voluntários de várias idades participaram catando material reciclável deixado pelas pessoas nas adjacências.

lb1Por conta do tempo instável, muita gente preferiu outros programas ao passeio pelo aterro do Flamengo, o que diminuiu muito a quantidade de material coletado pelos catadores. Porém para os Guardiões do Mar, o maior ganho do evento foi a disseminação de informações socioambientais no tocante a questão do lixo urbano.

 

É importante quando a Guardiões do Mar honra sua função maior, que é disseminar informação promovendo a educação ambiental da sociedade interessada.

Foram recolhidos no local

TIPO DE RESÍDUO

QUANTIDADE/kg

Papelão

127,5

Plástico filme branco

11

Plástico filme misto

2,5

Guaravita

3,00

Jornal

6,00

Pet água

12,5

Latas de alumínio

4,5

Pet transparente

13

Plástico grosso

3,5

TOTAL GERAL

183,5

Como informado, as quantidades coletadas ficaram aquém do esperado. Mas o objetivo maior foi atingido em sua plenitude, mobilizar, informar, educar aos interessados que passaram pelo stand.

Parabéns a todos os envolvidos neste evento. Parabéns a todos os que visitaram e mostraram interesse em aprender um pouco mais.

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