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29 de abril de 2013

0 Dia mundial do planeta Terra

Dia da Terra
O senador e ativista ambiental norte americano Gaylord Nelson, foi quem primeiro manifestou a intenção para a criação de uma agenda ambiental, em 22 de abril de 1970. Nesta data 2.000 universidades, 10.000 escolas primárias e secundárias, além de centanas de comunidades participaram. A pressão da manifestação teve como maior sucesso a criação da EPA (Environmental Protection Agency), a importante Agência de Proteção Ambiental, acresida de várias leis destinadas à proteção ambiental.

O Dia da Terra* é um evento suprapartidário, apolítico, internacional, sem ligações religiosas, ideológicas ou de qualquer natureza que possa comprometer a primazia que é a mobilização para sensibilizar as pessoas quanto a importância da proteção ambiental. Este dia refere-se à tomada de consciência de muitas pessoas influentes no planeta e desconhecidos também, que sabem da precariedade com que muitos reursos naturais estão submetidos. Além disso, serve para alertar os líderes mundiais para suas responsabilidades em relação ao assunto.

Alguém me disse que podemos mudar de casa, cidade, país, até mesmo continente, mas não dá para mudar de planeta. Somos parte de um universo em transformação. Pertencemos a uma comunidade mundial que abriga diversas formas de vidas. Precisamos nos sentir humildes diante de tanta beleza da criação e reverenciar cada expressão da natureza.”

* Este dia não é reconhecido pela ONU.

Graça Bispo

0 Conservação dos Solos

imageA Lei Federal n° 7.876/ 89 sancionou que o dia 15 de abril de cada ano seria dedicado à reflexão sobre a conservação e utilização do solo. A data escolha foi para homenagear o nascimento do americano Hugh Hammond Bennett (1881- 1960), considerado o Pai da Conservação dos Solos, uma vez que elaborou métodos de conservação do recurso e desenvolveu técnicas de combate a erosão. Ele esteve no Brasil em 1955, aprovando nossas técnicas de manejo de solo.

Muitas vezes não nos damos conta, mas o solo desempenha uma série de funções indispensáveis para a manutenção da vida, seja de caráter ambiental; ecológico; social ou ainda econômico. É graças a ele que uma floresta consegue se estabilizar, já que nutrientes e água são oferecidos via solo. Ele também abriga uma vasta diversidade de seres vivos, como minhocas, fungos e microrganismos capazes de decompor a matéria orgânica, o que contribui para a manutenção das suas propriedades físicas, além de sua fertilidade. Economicamente e socialmente, é no solo que um país produz alimentos para a sua população, podendo também exportar o excedente. É dele também que é retirado material para a construção de casas, estradas e grande parte das benfeitorias que utilizamos. Sendo assim, pode-se perceber que o solo é um recurso que sustenta todo o ser vivo, incluindo a nós, seres humanos.

Entretanto, é também um recurso finito e não renovável, já que, uma vez destruído, não pode ser reutilizado. Isso se deve a dois fatores. O primeiro é o seu lento processo de formação. O solo é formado por processos climáticos e pela atuação de microrganismos em rochas, transformando-a em material particulado, durando este processo, de pelo menos centenas de anos. O segundo fator, é a sua rápida degradação através de diversas atividades antrópicas. Dentre estas podem ser citadas:

- Desmatamento: Ao retirar a vegetação de um local, o solo fica exposto à ação direta da água da chuva e ventos que, pela ação erosiva, desagrega e remove suas partículas, que vão parar nas redes de drenagens, assoreando rios, lagos e prejudicando toda a vida que necessita de água. Há também a remoção dos nutrientes, empobrecendo-o.

- Compactação: Causado por condições inadequadas de manejo e excessivo tráfego de maquinários agrícolas. Tem por consequência o selamento superficial, o que reduz a taxa de infiltração da água, além do aumento de sua densidade, tornando a penetração das raízes uma etapa difícil de ser vencida.

- Queimadas: Além de provocar a mortandade da fauna e flora, reduzem drasticamente as características químicas e biológicas do solo.

Como visto, o solo funciona como alicerce da vida e sua deterioração significa menor produtividade e perda de habitat natural. Para evitarmos tais danos é necessário planejar sua utilização agrícola, levando em conta suas características originais e adoção de tecnologias adequadas.

O Poder Público também deve ser atuante, recuperando as áreas em processo de degradação; fiscalizando ações de grande impacto ao solo e penalizando os autores, além de estabelecer normas de uso e ocupação. Somente com essas práticas a Lei de Conservação e Uso dos Solos estará influenciando nas atividades da sociedade, valorizando de fato, o maior bem que um país detém: Seu solo.

25 de fevereiro de 2013

0 Aniversário de Fundação do IBAMA

clip_image001Em 22 de fevereiro de 1989, foi promulgada a Lei nº 7.735, que cria o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. A partir daí a gestão ambiental passou a ser integrada. Antes, havia várias áreas que cuidavam do ambiente em diferentes ministérios e com diferentes visões, muitas vezes contraditórias. A responsável pelo trabalho político e de gestão era a Secretaria Especial do Meio Ambiente (Sema), vinculada ao Ministério do Interior.

A Sema teve um papel de articulação muito importante na elaboração da Lei 6938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, em vigor até hoje. A lei estabelece o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), único conselho com poder de legislar. A Política, além de objetivar a preservação, a melhoria e a recuperação da qualidade ambiental, visa também assegurar o desenvolvimento econômico, mas com racionalidade de uso dos recursos naturais. Foi um grande avanço, principalmente numa época onde a visão que existia era a de desenvolvimento a qualquer preço. Quando a Constituição Federal de 1988 foi promulgada, essa lei foi a única a ser recepcionada na íntegra. Contudo, sua efetivação foi construída aos poucos.

Muito de como o Brasil percebe a proteção e conservação ambiental atualmente foi consolidado pelo Ibama. O Instituto trouxe o assunto para a pauta do dia e encontra-se no imaginário do brasileiro como o grande guardião do meio ambiente. Sua forte marca é reconhecida até mesmo onde a presença do Estado é escassa. Ela significa que os recursos naturais devem ser utilizados com racionalidade para obter-se o máximo de desenvolvimento, porém, com o máximo de conservação e preservação, visando sempre sua manutenção para as gerações futuras.

A questão ambiental transcende a ação de um órgão e deve ser tratada como segurança da humanidade. O Ibama possui credibilidade junto à sociedade, justamente pela seriedade com que sempre desenvolveu o seu trabalho. A melhor gratificação que alguém que cuida de quem protege a vida pode ter é saber que seus resultados são tão importantes quanto a própria manutenção da natureza e da biodiversidade do Brasil.

Desde sua criação, em 1989, O Ibama vêm alcançando novos espaços no Brasil e no mundo. Já em 1992 foi criado o Ministério do Meio Ambiente e, durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – Rio 92, foram lançadas três das principais Convenções internacionais de meio ambiente: de Mudanças Climáticas, da Diversidade Biológica e da Desertificação. O aprimoramento do arcabouço legal também reflete a importância crescente da agenda ambiental no País.

Em 1996 o Jardim Botânico do Rio de Janeiro somou-se ao Ministério do Meio Ambiente como um de seus órgãos vinculados. Em 1997 foi criado o Conselho Nacional de Recursos Hídricos e aprovada a chamada Lei das Águas, em 1998, a Lei dos Crimes Ambientais, em 1999, a lei que estabelece a Política Nacional de Educação Ambiental, em 2000, a que estabelece o Sistema Nacional de Unidades de Conservação e a Agência Nacional das Águas, em 2001 o Conselho Nacional de Recursos Genéticos, em 2006, a Lei de Gestão de Florestas Públicas e o Serviço Florestal Brasileiro e em 2007 o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

O Ibama coloca-se hoje como uma instituição de referência. Não é ainda perfeita na área de fiscalização mas as notícias são sempre promissoras.

clip_image001[6]Ela como indígena com seu instinto maternal esta preservando além de seus limites e você esta fazendo a sua parte?

20 de novembro de 2011

0 "É a Gota D'Agua + 10"

   www.movimentogotadagua.com.br

12 de setembro de 2011

1 Separe o lixo e acerte na lata

An_mude_de_atitude_e_ajude_muita_gente_ganhar_a_vidaCampanha do Governo Federal que ensina como separar e como aproveitar corretamente o lixo.
Não é uma campanha recente, mas vale sempre a pena repassar.

Esta campanha publicitária priorizou uma abordagem mobilizadora, de utilidade pública e de educação ambiental, no sentido de esclarecer à população sobre a importância do reaproveitamento dos resíduos sólidos e ensinar a correta separação do lixo úmido e seco.

Veja abaixo os 3 vídeos da campanha:

 

Garrafa Pet

Latinha

Banana

30 de junho de 2011

3 Educação ambiental na prática = BONS RESULTADOS

Seguindo a premissa de que todos os dias deveriam ser dedicados ao meio ambiente e outras questão tão importantes quanto, os Guardiões do Mar seguem realizando suas atividades rotineiras de sensibilização da sociedade principalmente para alunos e professores da rede pública. Hoje (30/06/11) foi um dia bem produtivo, como tem sido todos os demais. Técnicos da Ong realizaram cursos para Catadores de Material Reciclável para a Cooperativa Quitungo (COOPQUITUNGO/RJ), em Brás de Pina/RJ. Os cursos fazem parte da estratégia de capacitação/qualificação de catadores de material reciclável atendidos pelo Projeto CataSonhos, patrocinado pela PETROBRAS e realizado pelos Guardiões. Nesta data foram realizadas capacitações de: Atendimento aos stakeholders; Classificação de Materiais Recicláveis; Cooperativismo. Foi muito bom ver a participação e vontade de crescer desses catadores.

DIVERSAS-012Na mesma data os Guardiões se fizeram representar em uma escola municipal de Itaboraí/RJ, no bairro Apolo. Foram proferidas duas palestras para alunos do ensino fundamental, sendo uma pela manhã (130 alunos) e outra a tarde (+ de 150 alunos).O tema foi: Consumo Consciente e uso racional da água. Houve grande comoção e todos (alunos e professores), mobilizados, vão doar recicláveis para os catadores atendidos pela Rede CataSonhos. Uma Big Bag foi deixada na escola e esperamos que em poucos dias possamos retornar para recolher os recicláveis.

Seguindo a temática foram mostradas fotos e produtos de cooperativas deDIVERSAS-061 artesanato incubadas pelos Guardiões. Falamos sobre o reaproveitamento e sua ligação com o tema Consumo Consciente. Os professores gostaram tanto, que pediram para que nas férias de julho realizássemos oficinas de reaproveitamento de recicláveis para artesanato. É muito bom quando há envolvimento da sociedade!

A s palestras fazem parte de uma ação do COMPERJ com a participação dos Guardiões do Mar, em comemoração ao mês do Meio Ambiente.

Ficamos todos bastante entusiasmados com os resultados, tanto dos catadores, quanto dos alunos. O bem é ver educação ambiental na prática. Trabalhamos dessa forma: todos os dias tentar sensibilizar uns poucos, porque um dia, seremos muitos.

A verdadeira mudança acontece dentro, somente com a nossa própria permissão!

Separe corretamente e doe seu reciclável! Torne-se ambientalmente correto e socialmente justo!

DIVERSAS-034 DIVERSAS-054 DIVERSAS-057

22 de abril de 2011

1 DIA DO PLANETA TERRA #earthday #diadaterra #diadelatierra

tituloterraOs problemas são muitos. Porém alguns deles passam por ações simples e fáceis de praticar. Vamos tentar?

Aqui, uma das muitas formas de ajudar a preservar o planeta.

terra_respeitoA Ong Guardiões do Mar, desenvolve atualmente dois grandes projetos na área de reciclagem. Ambos cobrem uma área de mais de 3.000 quilômetros quadrados. O Projeto CataSonhos patrocinado pela Petrobras acontece nos municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e alguns pontos do Rio de Janeiro, a saber: Brás de Pina, Complexo do Alemão e Centro. Já o Projeto Rede Leste com patrocínio da Fundação Banco do Brasil e BNDES, acontece em 12 municípios: Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Magé, Cachoeiras de Macacu, Tanguá, Rio Bonito, Casimiro de Abreu, Saquarema, Maricá, Araruama, Silva Jardim. O projeto Rede Leste acontece com a importante parceria do Instituto Brasil Social (IBS). Os municípios listados estão sendo visitados para constatar a viabilidade de implantação e/ou legalização/atualização de cooperativas de catadores e assim, instituirmos uma rede de comercialização de materiais entre eles.

terra_preservacaoO sucesso destes dois projetos está baseado na formação ou recuperação de grupos produtivos (cooperativas) nestas localidades, criando-se ao todo (ambos os projetos) aproximadamente 480 postos de trabalho com geração de renda para os catadores e seus familiares. Os patrocinadores fomentam toda a infraestrutura, como caminhões, balanças, prensas, EPI’s, técnicos para capacitar os catadores, logística, uniformes, espaços físicos, computadores, entre muitas outras coisas. Porém, o sucesso desta empreitada, bem como a criação deste grande número de empregos emperra em uma coisa simples: a quantidade de material reciclável disponível para os grupos existentes ou que serão constituídos. Nossa missão e identificar, grupos organizados ou não, convidá-los a se organizarem ou reorganizar aqueles que se dispersaram. Tirá-los das ruas e instalá-los em espaços físicos melhorando a qualidade laboral e consequentemente de vida dessas famílias e qualidade ambiental e estética das cidades onde estão inseridos.

Em suma, dispomos de quase tudo que necessitamos para transformar estas pessoas em cidadãos novamente, melhorar a qualidade ambiental das cidades e ainda ajudar na criação de massa crítica disseminando um conceito de cidadão socialmente mais justo e ambientalmente correto. Como disse antes, dispomos de Quase Tudo!

O SUCESSO DESTES PROJETOS DEPENDE:

1o - Do envolvimento da população, de forma que tomem conhecimento e consciência de que aquilo que não lhes serve mais, ou seja, literalmente o seu “lixo” (latinhas, papel, papelão, jornais, revistas, caixinhas longa vida, plásticos diversos, copinhos de iogurte, vidros, panelas velhas, entre tantas outras coisas). Se estas coisas forem descartadas de forma correta, servirão de matéria prima para centenas de famílias. Além disso, é preciso que a sociedade assuma pequenas responsabilidades no sentido de cobrar do Poder Público local que cumpra o seu papel. Investir em ações de coleta seletiva: De nada adianta o cidadão de forma geral não jogar o seu “lixo” em qualquer lugar, guardar na bolsa aquele papel de bala ou garrafinha de água até encontrar uma lixeira seletiva, se a Prefeitura vem e mistura tudo, entupindo assim, os aterros sanitários de materiais que poderiam (E DEVERIAM) estar gerando empregos e renda para os menos favorecidos. Além disso, criando problemas ambientais e de saúde pública, pois aumentam a quantidade de vetores, que poderiam ser evitados com uma simples ação ordenada de coleta seletiva nas cidades.

2o – Do Poder Público conscientizar-se de seu papel na formação de uma sociedade ambientalmente correta e socialmente mais justa. Educação ambiental nas escolas, campanhas de comunicação e investimentos em coleta seletiva, parcerias com grupos, associações, Ongs e cooperativas, no sentido de ceder espaços físicos ociosos para tornarem-se galpões de reciclagem, cessão de caminhões para a coleta seletiva, incentivos diversos aos munícipes para selecionarem corretamente seus resíduos, etc.

3o - Do Segundo Setor (empresas em geral) se tornar parceiro da sociedade, do Poder Público e dos catadores. Basta que grandes geradores como supermercados, shoppings, condomínios e outras empresas passem a doar seus resíduos (descartados de forma correta) que muitos e muitos empregos diretos seriam gerados. Com isso, ganham todos. Os catadores que passarão a ter salários e assim, reaquecem a economia, passando a consumir; os governos, que arrecadarão mais impostos; e, a sociedade que terá uma cidade mais limpa e menos incidência de doenças causadas por vetores.

4o – Da imprensa que já tem feito um bom trabalho divulgando boas práticas neste sentido. Mas, precisamos de uma massificação da informação, de forma que a sociedade não tenha mais dúvidas de como agir para melhorar sua rua, bairro, município e em efeito cascata: o PLANETA TERRA. Esta mesma imprensa precisa “desmascarar” os que se omitem e “escancarar” os que praticam o bem.

Em resumo, no mês de abril, comemoramos o dia do Planeta Terra (22/04). Como falar de paz, de amor, respeito, justiça, desenvolvimento sustentável, entre tantos outros sentimentos e ações nobres, se não nos predispomos a realizar atividades simples como separar o “NOSSO LIXO”? Como podemos diminuir o impacto ambiental das cidades, melhorando a qualidade estética e ainda gerando emprego e renda, sem a menos cobrar que os governos façam a sua “pequena” parte neste processo?

terra_pazNo mês em que comemoramos o dia da Terra, fazemos um apelo aos Governos, Empresas e Sociedade em geral: Vamos cuidar melhor da nossa casa, nossa rua, nossa cidade. Para isso, comecemos com o mais simples: selecionemos corretamente nossos resíduos e doemos a um catador ou cooperativa de reciclagem.

Ruas limpas, menos catástrofes com chuvas torrenciais, rios mais limpos, cidades com mais árvores. Saibam todos que qualidade de vida, passa por ações simples. Basta querer!

VAMOS FAZER A NOSSA PARTE?

Pedro Belga

Presidente da Ong Guardiões do Mar




Papel de Parede Dia do Planeta Terra clique para baixar

9 de janeiro de 2011

6 Projeto CataSonhos e os primeiros resultados

Desde 03 de janeiro está acontecendo Projeto CataSonhos, patrocinado pela Petrobras e realizado pelos Guardiões do Mar. Dentre várias atividades de melhoria da qualidade ambiental da área atendida e da qualidade de vida de catadores de material reciclável duas delas se destacam:catasonhostrans

  • A mobilização de grandes geradores para a doação de materiais recicláveis, aumentando a escala individual dos grupos potencializando a comercialização em escala;

  • A instituição de parcerias estratégicas de forma a disseminar os conceitos da correta seleção de matérias, incentivando a coleta seletiva nas mais diversas esferas da sociedade.

Com relação ao segundo item, em menos de um mês duas parcerias importantes foram instituídas. Uma com a Prefeitura Municipal de São Gonçalo e outra com a Biruta Produções que contratou catadores atendidos pelo projeto CataSonhos para proceder a coleta de jornais na Praias de Copacabana, distribuídos através de campanha de marketing do próprio jornal.

Imagem 286Em janeiro e fevereiro, catadores (as) de Cooperativas integrantes do projeto CataSonhos, atuaram no Leme, Copacabana e Barra (Recreio do Bandeirantes), recolhendo além do jornal (objeto da campanha), copos, latas, plásticos diversos, garrafas em geral e papelões. Além do material prioritariamente reciclável, fonte de renda para os catadores, estes recolheram ainda canudos e diversos outros de forma a diminuir a quantidade de resíduos que poderiam chegar até a água, tendo em vista a impossibilidade de atuação dos tratores da Prefeitura antes do esvaziamento da praia pelos banhistas.

Esperamos que eventos assim aconteçam com mais frequência pois além de gerar renda para catadores, melhora a limpeza da praia e diminui o trabalho do Poder Público. Cabe ressaltar que ao longo de todo o trabalho realizado (nas diversas praias) houve muitos elogios dos banhistas incluindo turistas estrangeiros.
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24 de setembro de 2010

4 Práticas de Educação Ambiental #educacaoambiental

A Ong Guardiões do Mar atua dentre outras formas como incubadora de empreendimentos solidários. Neste contexto, já instituiu quatro cooperativas sendo duas de artesanato com materiais recicláveis e duas de reciclagem, que capacita catadores destes materiais como agentes ambientais e gestores de seu próprio negócio. Uma quinta cooperativa contou com os Guardiões para sua fundação e hoje é acompanhada por técnicos da Ong, afim de efetivar sua existência, potencializando eficácia e eficiência.

É impotante ressaltar que o patrocínio da Petrobras é de vital importância para o sucesso desses empreendimentos, de onde vem a verba para aquisição de equipamentos, veículos, sedes, infra estrutura e ainda contratação de equipes que vão capacitar e acompanhar os grupos durante a incubação.

Para alcançar sucesso em seus empreendimentos, uma metodologia de educação ambiental prática foi desenvolvida ao longo de seus doze anos de atividade. Esta metodologia baseia-se entre outras coisas na vivência dos envolvidos nas questões ligadas ao meio ambiente e as causas sociais. Por exemplo, podemos citar o envolvimento das cooperadas (Modelarte, Manguezarte e Mulheres Arteiras) com o descarte pós-consumo de recicláveis, matéria-prima da maioria de seus produtos, para citar apenas alguns: pufes de garrafas pet, peças de decoração e utilitários confeccionados com o mosaico ecológico, peças em jornal entre diversos outros.

Na Guardiões do Mar, entende-se que o órgão mais importante do corpo humano é o bolso e para que tenhamos pessoas oriundas de comunidades menos favorecidas com essas questões é necessário que fique patente o retorno econômico que a reciclagem (para citar um exemplo) trás.

Para que tenhamos matéria-prima em abundância (plásticos em geral, papel, jornais, papelão, etc) é necessário sensibilizar a sociedade como um todo. Empresários e Poder Público são atingidos através de campanhas de comunicação em larga escala e cabe aqui um particular, a imprensa, tanto escrita como televisada tem fundamental importância. Assim abastecemos os Galpões com materiais em escala que justificam a geração de dezenas de postos de trabalho, gerando emprego e renda a partir de “lixo” dos grandes geradores. Para mantermos os empreendimentos que tem no artesanato sua principal fonte de renda, atividades em escolas, palestras, oficinas e exposições são desenvolvidas ao longo de todo o ano. Além disso, visitas orientadas à sede da Ong e dos empreendimentos (cooperativas) envolvem o público, sensibilizando-o a descartar corretamente seu material, selecionando-o e doando para estes grupos e/ou para catadores nas áreas próximas a suas residências.

Ao visitar os Guardiões (em grupos ou sozinhos) alunos, professores, lideranças comunitárias e empresários, vivem a pratica da reciclagem e do reaproveitamento. Percebem in loco., que aquilo que é falado, acontece na prática e podem trocar ideias com técnicos, artesãos e catadores e ver como vivem no dia a dia esses profissionais. Percebem então que um simples ato como separar o seu lixo do que é reciclável, pode ajudar o planeta de forma considerável, diminuindo entupimentos em bueiros, a poluição de rios e mares, aumentando a sobrevida de aterros sanitários e ainda, gerando postos de trabalho de forma descente, permitindo que pessoas/grupos que vivam na marginalidade, possam resgatar sua estima e tronar-se novamente cidadãos.

Fotos da visita de alunos de São Gonçalo e Niterói na sede da Ong, da Cooperativa Modelarte e do Galpão da Cooperativa Recooperar (todas em São Gonçalo). Visita realizada em 20/09/10.

7 de setembro de 2010

3 Falhas na coleta de sólidos fazem a Baía receber 100 toneladas de detritos por dia

POR DIEGO BARRETO

Rio - Garrafas plásticas, pneus, um velho tubo de imagem de televisão, restos de móveis, lâmpadas fluorescentes. Na Praia de Tubiacanga, na Ilha do Governador, um tapete de lixo tomou a faixa de areia. No local, as garças deram lugar aos urubus, num cenário que se confunde com o de um lixão. Rodeada por 16 municípios, dos quais a maioria conta com serviço precário de coleta de detritos, a Baía de Guanabara acaba recebendo parte das 9 mil toneladas diárias de resíduos sólidos produzidas na Região Metropolitana do Rio. Além de esgoto, especialistas estimam que, desse total, em média 100 toneladas de lixo cheguem à Baía todo dia.

Praias da Ilha do Governador acumulam toda a sorte de detritos | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

“A gente encontra de tudo nas margens: plástico, metal, restos de móveis, até eletrodomésticos. Infelizmente parece que tudo que as pessoas não querem mais vai para lá”, enumera Sérgio de Oliveira, 68 anos, que há 5 trabalha coletando material reciclável na Baía. Conforme estudo elaborado pelo engenheiro hidráulico Jorge Paes Rios, o lixo não coletado ou lançado em aterros clandestinos tem como destino final a Baía, que também recebe todos os dias pelo menos 800 litros de chorume — líquido altamente poluente, produzido durante a decomposição do lixo.
“A situação é crítica. Os municípios do Rio e de Niterói são os que têm melhor atendimento de serviços de coleta, tratamento e destinação final dos resíduos. Mesmo assim, nem toda a área municipal é coberta de forma satisfatória. Os aterros existentes, de modo geral, não apresentam condições mínimas de operação, comprometendo o lençol freático e trazendo problemas sanitários para as populações situadas no entorno. Boa parte do lixo é coletada de forma deficiente e depositada inadequadamente, representando também grande carga poluente para os rios da região, que escoam para a Baía”, explica o especialista.

Na sede do programa Re-Cooperar, peças são montadas a partir de material retirado das praias | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

O efeito desse derrame de lixo nas águas da Baía é sentido por quem mora próximo das praias da Baía, como a artesã Luzia Tavares, 51. Nascida e criada no bairro Boa Vista, em São Gonçalo, ela deixou as caminhadas na Praia das Pedrinhas. “Tem muito lixo, a praia se tornou imprestável. Quando eu era menina, catava marisco lá. Hoje fico com o coração partido ao ver a situação”.

Reciclagem como saída

Inconformado com anos de degradação, o biólogo marinho Pedro Belga resolveu buscar no lixo a solução para reverter a realidade ambiental e social de comunidades na beira da Baía. “Sou filho de pescador e sempre ficava muito triste em ver a Baía agonizando. Na década de 90, montei um evento sobre o tema. Fez tanto sucesso que não parei mais”, conta Pedro, que em 1998 fundou a ONG Guardiões do Mar. Hoje, a instituição coordena quatro projetos de reciclagem com mais de 100 famílias e recolhe anualmente mais de mil toneladas de lixo que iriam para a Baía. “Quando as pessoas percebem que o lixo é renda, elas não jogam mais fora e acabam disseminando essa ideia. Além do benefício para o meio ambiente, estamos resgatando a autoestima dessas pessoas, que se tornam agentes ambientais”, conclui Pedro.

Reciclagem que dá sustento familiar

Fim de tarde na Praia das Pedrinhas, São Gonçalo. Munidos de sacos plásticos, Sérgio de Oliveira e Iara Peixoto começam a recolher da areia o sustento de suas famílias. Eles são membros do Programa Re-Cooperar, iniciativa da ONG Guardiões do Mar, que recicla mais de 100 toneladas de resíduos sólidos por mês. “Todo este lixo (a dupla recolheu mais de 20 quilos em apenas 20 minutos de coleta), que seria mais fonte de poluição, vai se transformar em salário. Por mês, cada cooperativado tira uma média de R$ 600”, explica Sérgio, que se orgulha do trabalho que executa. “Tive que trabalhar com o lixo para aprender a importância de reciclar. Hoje tento transmitir isso para todos na minha vizinhança”.

Guardiões do Mar em ação na Praia das Pedrinhas: um quilo de detritos removido a cada minuto | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

A propagação da ideia parece estar dando certo. Batendo de porta em porta para explicar o projeto, os membros da Re-Cooperar já cadastraram uma rede com mais de 400 residências que fazem a separação do lixo para reciclagem, em São Gonçalo — município que ainda não conta com um programa de coleta seletiva.

O lixo coletado se transforma em móveis, objetos de decoração, acessórios e brindes ecológicos pelas mãos dos artesãos dos projetos ‘Manguezarte’, ‘Modelarte’ e ‘Mulheres Arteiras’.
“Fico aliviada de saber que, de alguma forma, estou contribuindo para diminuir a poluição na Baía. Hoje tenho lixeira para plástico, papel e restos de alimento. Diminuir ou aumentar a poluição depende de cada um de nós, estou fazendo a minha parte”, afirma Marileda Silva, 54, que trabalha na Guardiões do Mar há seis anos.

Colaborou Maria Luísa Barros

Fonte http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/9/falhas_na_coleta_de_solidos_fazem_a_baia_receber_100_toneladas_de_detritos_por_dia_108437.html

4 de agosto de 2010

1 Catadores de Sonhos

A Guardiões do Mar surgiu como uma instituição voltada para a preservação ambiental da Baía da Guanabara. Hoje, embora mantenha o mesmo fim, a ONG funciona como uma incubadora de cooperativas e mais do que retirar lixo da baía, ensina a comunidade a se organizar para transformar o lixo em renda.
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