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21 de março de 2014

0 21 de março, dia Internacional das Florestas

 

Há um ano redigi um texto que abordou o histórico do Dia Internacional das Florestas (21 de março) e o Dia Nacional da Árvore (21 de setembro). Nele falei sobre as importantes “funções que as florestas desempenham”, como regulação do clima; auxílio na infiltração da água, que recarrega o lençol freático e impedimento dos processos erosivos, além da manutenção da fauna nativa. Entretanto, essas importantes funções são negligenciadas quando ocorre desmatamento das áreas de florestas; exploração ilegal de madeira e o dano mais comum que ocorre próximo às cidades, a ocupação imobiliária desordenada.

Na tentativa de modificar essa situação, a ONG Guardiões do Mar criou o Projeto Caranguejo Uçá, que é patrocinado pela Petrobras pelo Programa Petrobras Ambiental. Esse projeto está realizando o reflorestamento de quase 9 hectares de manguezal degradado, localizado na Porção Leste da Baía de Guanabara (Figura 1). O equivalente a 12 campos de futebol do Maracanã.

                          figura 1Figura 1: Vista do local do reflorestamento. Antes da Intervenção do Projeto Caranguejo Uçá.  (Fonte: Guardiões do Mar)

Antes, o que era uma área onde a vegetação original foi retirada e deu lugar a capim, hoje recebe mudas de espécies do ecossistema manguezal, como Mangue-branco, Mangue-preto e Mangue-vermelho (Figura 2).

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Figura 2:
Área do reflorestamento com espécies já plantadas. (Fonte: Guardiões do Mar)

Um ano após o início do reflorestamento, já é possível ver as funções ecológicas da floresta sendo recuperadas. Uma delas é que algumas mudas plantadas já produziram flores e propágulos (Figura 3). E estes já caíram ao solo, gerando novas plantas, o que auxiliará no futuro, na formação de uma floresta estruturada (Figura 4).

figura 3  Figura 3: Muda de Mangue-branco com flor. (Fonte: Guardiões do Mar)

 

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     Figura 4:
Propágulos crescendo na área de reflorestamento (Fonte: Guardiões do Mar)

Dessa maneira, o Projeto Caranguejo Uçá comemora com louvor o Dia Internacional das Florestas, contribuindo para o aumento dos bosques de florestas nativas, e a manutenção da biodiversidade dos manguezais.

Guilherme Rodrigues – Engenheiro Florestal

25 de fevereiro de 2014

0 FORÇA TAREFA PARA LIMPAR O MANGUE

 

Guardiões do Mar através do Projeto Uçá realiza Operação Limpa Oca em Estação Ecológica na Baía de Guanabara.

A Instituição Guardiões do Mar através do Projeto Uçá, reuniu uma Força Tarefa e numa ação piloto inicia a Operação Limpa Oca em área de manguezal localizado nos limites da Estação Ecológica da Guanabara (ESEC-Guanabara ), lado leste da Baía de Guanabara.O movimento que acontece pela primeira vez naquela área, une biólogos dos Guardiões do Mar, 13 catadores de caranguejo da ilha de Itaoca,técnicos da APA de Guapimirim e ESEC, Agenda 21 de São Gonçalo e Secretaria de Meio Ambiente de São Gonçalo.Durante dois meses as equipes trabalharão na retirada de resíduos sólidos desse santuário ecológico quantificando , avaliando de onde vem os resíduos e identificando possíveis principais poluidores.

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                   Com as equipes do Uçá os catadores navegam uma hora de barco até o mangue

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Na volta, os catadores param na Praia de São Gabriel para pesagem  do material.

 

 

 

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Todo o lixo será catalogado

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Bonecas, tubos de televisão e até computadores são encontrados no mangue

As coletas já começaram e, em apenas dois dias, uma extensa área, já foi limpa.A ação piloto integra a sociedade civil organizada, a administração pública municipal e federal, catadores e conta com o Patrocínio da Petrobras por intermédio do Programa Petrobras Ambiental.

“Com essa ação esperamos deixar ao menos uma porção dos manguezais da Baía em melhores condições para o crescimento do caranguejo Uçá além de proporcionar espaço para crescimento da vegetação e ainda gerar renda alternativa para os catadores, principais prejudicados com tanto lixo. Pretendemos renovar a ação durante a época de defeso do Uçá. Também é uma maneira de mostraremos a sociedade como uma simples ação de jogar “um lixinho no chão” pode impactar todo um ecossistema berçário da vida marinha, o manguezal. Nós não vemos, mas nosso lixo está lá, destruindo a vida na Baía de Guanabara.”  explica Pedro Belga Presidente da ONG Guardiões do Mar e Coordenador do Projeto Uçá.

O dados coletados servirão para uma ação mais efetiva na época de defeso, período em que é proibida a cata do caranguejo e catadores ficam sem ter como sustentar suas famílias. A coleta acontecerá sempre em dois dias por semana, durante dois meses.Acompanhados de técnicos do Projeto Uçá e dos parceiros, os catadores vão de barco até entrada da Estação Ecológica e lá iniciam toda a limpeza. Após toda a coleta de resíduos as equipes transportam tudo para a Praia de São Gabriel, na Ilha de Itaoca em São Gonçalo e efetuam triagem e pesagem no local. Depois um caminhão da PMSG (Prefeitura  Municipal de São Gonçalo leva todo o material até o destino final correto). Os dados são coletados em três grandes grupos (plásticos, vidro e metais), além de quantificação de lixos inusitados (tubos de imagens, sofás, teclados e monitores, entre diversos outros)  e estão sendo calculados para o balanço que será feito ao final de toda a Operação Mangue Limpo.

O projeto Uçá atua em seis municípios do entorno da Baía de Guanabara: Niterói, São Gonçalo, Guapimirim, Maricá, Magé e Itaboraí. Além de reflorestar mais de 8 hectares de mangue no último ano o Uçá   atendeu  mais de 28 mil pessoas levando educação ambiental para escolas, cursos e entidades. De uma forma lúdica os técnicos da Guardiões do Mar mostram a importância de replicar a ideia de cuidar do ecossistema e a importância do ser humano adquirir boa práticas ambientais.     

Para reaplicar a ideia, o Projeto Uçá já fechou diversas parcerias, entre elas, com a Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC), possibilitando a realização do Curso de formação Continuada para Educadores e lideranças. Mais de 5.690 professores poderão utilizar novas atividades práticas na área de Educação Ambiental. 

Liliandayse Marinho – Assessora de Imprensa – 8012.7508 / 96614306
liliandayse.imprensa@gmail.com

26 de janeiro de 2014

0 Tempo esgotado

 

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Basta mergulhar nas águas turvas e ver o lixo espalhado pelo fundo do mar para constatar que será impossível entregar a Baía de Guanabara limpa até a Olimpíada

por Bruna Talarico e Ernesto Neves | 19 de Junho de 2013

 

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Um pedaço de plástico boia na água marrom da Enseada de Botafogo: vergonha em um dos lugares mais bonitos do mundo

Mergulhar nas águas escuras da Baía de Guanabara dá medo, não há vergonha em admitir. A 6 metros de profundidade, bem em frente à mureta onde os clientes do Bar Urca bebem sua cervejinha, o silêncio só é cortado pelo som das bolhas da própria expiração e pelos murmúrios que denotam o nojo de tocar no fundo. O cenário iluminado por um refletor é apocalíptico: colinas de lama marrom, densa e gosmenta, se estendem em um relevo contínuo a perder de vista. Trata-se de matéria orgânica em putrefação, proveniente do contínuo despejo de lixo e esgoto nas águas. Sobre os morrinhos, está disposta toda sorte de objetos. Tênis, jarras, pneus, embalagens de plástico e de alumínio, preservativos, pincéis, tapetes, roupas, correntes e brinquedos, tudo facilmente identificável. Mas há também aqueles em decomposição, que se desfazem ao toque. Qualquer movimento mais abrupto é suficiente para que a matéria orgânica se desgarre da espessa camada de lodo e envolva tudo o que está ao redor em uma nuvem de partículas. Aí sim a situação fica realmente assustadora, e a visibilidade simplesmente deixa de existir na água imunda.

Veja o depoimento Bruna Talarico, repórter que mergulhou na Baía de Guanabára

O panorama desolador constatado pelos repórteres de VEJA RIO é surpreendente para quem está acostumado a ver o belo cenário de fora, mas já é esperado por quem navega ali. Em maio, uma regata ecológica organizada pela Escola Naval na Marina da Glória comprovou o estado mais que crítico das águas. Em duas horas, os participantes recolheram nada menos que 220 quilos de lixo que flutuava na superfície, no mesmo local em que serão realizadas as provas de vela da Olimpíada de 2016. A podridão é tal que já fez soar o alerta vermelho entre os esportistas e os organizadores dos Jogos. No dossiê de candidatura do Rio a cidade-sede, os governos federal, estadual e municipal prometeram que tratariam cerca de 80% dos 18 000 litros de esgoto lançados por segundo na baía. Faltando três anos para o acendimento da pira olímpica, é consenso entre especialistas que esse índice não será alcançado. "Em áreas densamente povoadas no entorno, como Maré e São Gonçalo, não existe saneamento básico nem coleta de lixo", diz Paulo Cesar Rosman, professor de engenharia oceânica da Coppe-UFRJ. "Organizar esse caos urbano em três anos é impossível", constata.


clique na imagem abaixo para ampliá-la

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Na triste realidade da Guanabara, as estatísticas comprovam o que o olfato dos cariocas percebe de longe. Dois terços dos dejetos produzidos por mais de 10 milhões de pessoas são despejados ali sem nenhum tratamento. Como resultado, as 53 praias em seu perímetro são impróprias para o banho devido aos elevados índices de coliformes fecais. Em um dos pontos mais críticos, próximo à Ilha do Governador, 70% das amostras coletadas no último ano indicavam uma quantidade de fezes quase cinco vezes maior que a aceitável. Outro problema grave é o lixo. Cinquenta e cinco rios, córregos e canais fétidos que cortam os oito municípios do entorno transportam a cada dia aproximadamente 1 000 toneladas de detritos — um combinado que vai de embalagens descartáveis a sofás, eletrodomésticos e partes de automóveis. Além do inegável impacto ambiental, destroços e objetos flutuando na baía são particularmente perigosos para velejadores. "Com o barco a 50 quilômetros por hora, um pedaço de madeira pode provocar grave acidente", afirma o iatista Ricardo Winicki, que participou de quatro olimpíadas. "Jamais vi um local de competição poluído como aqui. Na Europa e nos Estados Unidos, as águas são tão translúcidas que é possível enxergar até o fundo", compara.

As primeiras iniciativas para tentar limpar um de nossos mais espetaculares cartões-postais remontam à última década do século passado. Há 21 anos, o anúncio da faxina foi feito com pompa durante a Conferência de Meio Ambiente das Nações Unidas, a Eco 92. O controle sobre fábricas poluidoras aumentou, mas o projeto que consumiu mais de 1,5 bilhão de reais ao longo de seis governos fracassou vergonhosamente no que diz respeito ao controle do esgoto. Entre 1994 e 2006, ano de seu encerramento, foram construídas seis centrais de tratamento, que, no entanto, ainda hoje operam em padrões muito inferiores a sua capacidade. A rede de tubulações de 1 248 quilômetros que deveria ser implantada para transportar os resíduos até as estações foi deixada pela metade. Desde 2007, está em andamento um novo programa orçado em 1,3 bilhão de reais para terminar o que se abandonou pelo caminho. Mas o ritmo segue lento. Em Duque de Caxias, onde há três anos não existia rede de esgoto, apenas 2% do previsto foi efetivamente implantado. As dez ecobarreiras instaladas até hoje na bacia hidrográfica da baía retiraram em 2012 pouco mais de 4 000 toneladas de lixo, o equivalente ao volume lançado pela população local em apenas quatro dias. "O passivo que encontramos é enorme, e estamos correndo contra o tempo para evitar um vexame internacional", justifica o secretário estadual de Ambiente, Carlos Minc. Na atual velocidade, será muito difícil não passarmos vergonha.

Diante de tal cenário, começam a ser adotadas medidas paliativas que, embora tenham o objetivo de mitigar o problema, estão longe de ser uma solução eficaz. Como não há mais tempo para construir uma rede de saneamento abrangente, foi iniciada a implantação de cinco Unidades de Tratamento de Rios (UTRs), ao custo de 40 milhões de reais cada uma. As estações serão construídas na foz de canais poluídos e removerão até 80% da imundície orgânica da água com o uso de aditivos químicos. Dessa nova leva, a primeira, no Rio Irajá, fica pronta em novembro e possui capacidade para tratar 1 750 litros de efluentes por segundo. Pelos cálculos do governo, a unidade deve reduzir em 12% a quantidade de esgoto que emporcalha a baía. Em São Paulo, a mesma técnica foi testada sem sucesso. Lá, o governo estadual injetou 160 milhões de reais para limpar o Rio Pinheiros, mas verificou que, mesmo após o processo, a água permanecia contaminada por outros tipos de poluente. "É uma solução transitória. No dia em que conseguirmos implantar o sistema de coleta, poderemos desativar as UTRs", diz Gelson Serva, coordenador do programa de saneamento. Outro recurso emergencial que começa a ser utilizado até o fim do ano é uma frota com uma dezena de barcos que recolherão os detritos flutuantes. Serão os navios-lixeiros. Pois é. O antropólogo francês Claude Lévi-Strauss (1908-2009), que, em visita ao Rio há quase oitenta anos, disse detestar a Baía de Guanabara, teria hoje razões bem concretas para repetir tal declaração.

É bem possível que, até a realização dos Jogos, a operação implantada de afogadilho consiga melhorar a situação periclitante de hoje. No entanto, a abordagem cosmética apenas reforça a frustração de deixar passar mais uma excelente oportunidade de atacar o problema, que é a falta de saneamento básico no Grande Rio, pela raiz. Outras metrópoles se saíram bem ao combater a poluição de suas águas. Maior cidade australiana, Sydney é um caso emblemático de como aproveitar o embalo dos Jogos Olímpicos para se livrar da sujeira das águas de sua baía. Lá, o problema eram os resíduos químicos lançados durante várias décadas por empresas instaladas nos subúrbios e o lixo trazido pelo sistema de escoamento pluvial para a baía e a região do porto. Com um investimento de 1,6 bilhão de dólares, foi realizada durante quatro anos uma gigantesca operação de limpeza para retirada das camadas do solo contaminado do fundo do mar e construído um complexo sistema de reservatórios e estações de tratamento. Um ano antes da chegada dos atletas, os resultados já eram visíveis. É um cenário que dificilmente se verá aqui. "Para falar em recuperação, é preciso atacar o lançamento de esgoto e lixo. Não existe nenhuma possibilidade de mudança se isso não for feito", afirma David Zee, oceanógrafo e professor da Uerj. O descaso torna-se ainda mais triste quando se leva em conta que há pontos onde a vida marinha resiste de forma comovente. Mesmo nas asquerosas dunas subaquáticas de lodo visitadas por VEJA RIO, é possível ver um ou outro peixinho nadando na sujeira. Um sinal de que nossa baía ainda pode voltar à vida.

http://vejario.abril.com.br/edicao-da-semana/mergulho-baia-de-guanabara-poluicao-744160.shtml

17 de janeiro de 2014

0 Ecobarcas começam trabalho de recolhimento de lixo da Baía de Guanabara

“Noticias interessantes precisam ser compartilhadas”.

 

ARQUIVOS DA TAG: BAÍA DE GUANABARA

Publicado em 10 de janeiro de 2014

 

ECOBARCOS COMEÇAM A RECOLHER LIXO DA BAÍA DE GUANABARA

 

                            © Tânia Rêgo/ Agência Brasil

Da Agência Brasil
03/01/2014 – 12h55

Rio de Janeiro – A Secretaria Estadual do Ambiente começou hoje (3) a operar três embarcações especializadas em recolhimento de lixo, para retirar resíduos flutuantes da Baía de Guanabara. Nas próximas semanas, uma base de operação será instalada no Clube Jardim Guanabara, na Ilha do Governador, na zona norte, e outra na Escola Naval, na região central do Rio. Ao todo, dez ecobarcos foram contratados para limpar a Baía.

Os resíduos recolhidos serão depositados em contêineres da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb), instalados na Marina da Glória, e encaminhados para indústrias de reciclagem. A iniciativa é financiada pelo Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam) e está orçada em R$ 3 milhões. A ação integra o projeto Baía Sem Lixo 2016, uma das 12 ações do plano Guanabara Limpa.

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, informou que foram recolhidos na manhã desta sexta-feira resíduos sólidos variados, como bancos, assentos de vaso sanitário e grandes galhos de árvore.

“Hoje a gente pegou a tampa de uma latrina aqui e um galho enorme de uma árvore. Não é só a questão da poluição, é a questão do risco de acidentes com as embarcações. Porque esses grandes resíduos podem quebrar hélices de barcos e causar acidentes”, disse o secretário.

Ainda segundo Minc, além da coleta de lixo flutuante, a campanha visa também à conscientização dos donos e usuários de barcos. “Estamos aqui com o apoio da Marina da Glória. Já tem uma orientação para uma campanha de conscientização dos proprietários de barcos, para coletarem também o lixo flutuante, para tomarem conta dos lixos dos próprios barcos”.

O projeto Baía Sem Lixo 2016 prevê ainda, para fevereiro, o início da construção de oito ecobarreiras às margens da Baía de Guanabara. Atualmente, dez ecobarreiras estão espalhadas pelo estado. Elas recolhem, em média, 15 toneladas de lixo por mês. As ecobarreiras são estruturas feitas de materiais reciclados instaladas próximas à foz de rios para o recolhimento de resíduos sólidos.

O plano Guanabara Limpa espera alcançar o saneamento de 80% da Baía de Guanabara até 2016, quando vai sediar competição de barco a velas durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Veja a galeria de fotos aqui

Edição: Denise Griesinger

13 de janeiro de 2014

0 Surfista registra quantidade impressionante de lixo na Baía de Guanabara

 

“Sabemos que a notícia já foi divulgada em diversos locais nas redes sociais, mas o assunto é atualíssimo e sempre preocupante. Portanto, não podemos deixar cair no esquecimento.”

26/12/2013

Fotos foram tiradas na Praia de Icaraí, em Niterói, Região Metropolitana. Biólogo compara Baía a latrina e diz que maré baixa pode ser a causa.

O mar é o ambiente de trabalho de Paulo César dos Santos Oberlander. Professor de surfe há mais de 20 anos, e há um se aventurando no mercado de stand-up paddle, ele costuma registrar os passeios com câmera e celular. Em um deles, na quinta (19), pretendia admirar um porta-navios perto da Praia de Boa Viagem, em Niterói, quando foi surpreendido por um rastro de sujeira na Praia de Icaraí, na mesma cidade, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Desistiu de remar e parou para clicar.

                               ecofaxina1


Morador do bairro vizinho de Piratininga, Paulo César já passou seis horas remando para chegar até a Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Durante as longas jornadas, jura que já se viu ameaçado por tubarão, baleia orca e até quase perdeu o celular para uma gaivota que confundiu o aparelho com um peixe. Mas nunca tinha vivido nada parecido.

                               ecofaxina 2


"Estou acostumado a ver coisas absurdas, mesmo na Baía de Guanabara, como sacos [plásticos], mortandade de peixes e lixo, mas nada tão acumulado quanto ali", lamentou o surfista.

ecofaxina 3Para ele, a aproximação do verão é uma época lucrativa, embora as correntes marítimas tragam, com o dinheiro, uma água turva. A estação do ano é, porém e principalmente, o momento para o professor estimular um estilo de vida nos alunos. "Quero botar cada vez mais gente no stand-up paddle, mas remando em água limpa", resumiu.

Segundo o biólogo Mário Moscatelli, são justamente as correntes marítimas que podem ter causado a "porcalhada". "A Praia de Icaraí fica dentro da Baía de Guanabara, que, como costumo falar, é uma latrina. Com a maré de lua cheia, ela sobe muito e desce muito. Nisso que desce, toda a 'porcariada' escoa para a área oceânica e Icaraí fica no caminho", resumiu.


Fonte: G1 Rio

http://www.institutoecofaxina.org.br/2013/12/surfista-registra-quantidade-impressionante-de-lixo-na-baia-de-guanabara.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+institutoecofaxina+%28Instituto+EcoFaxina%29

23 de outubro de 2013

0 Projeto Uçá leva o mar até Guapimirim

guapi 1O mar está literalmente está invadindo a serra .Biólogos do Projeto Uçá da Ong Guardiões do Mar estarão até amanhã às 17 horas , na Praça Paulo Terra, centro de Guapimirim participando do evento Ciência na Praça , organizado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.Com animais In Vitro os técnicos do Uçá estão levando para crianças, e jovens de diversas escolas do município, um pouco sobre como é o ecossistema da Baía de Guanabara e o que deve ser feito para a preservação do meio ambiente como um todo. O Projeto Uçá conta com o Patrocínio da Petrobras por intermédio do Programa Petrobras Ambiental.

22 de setembro de 2013

3 Guardiões do Mar 15 Anos

 

REPORTAGEM EXTRA 2 (1)

19 de março de 2013

0 GUARDIÕES DO MAR 15 ANOS

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Peço licença a quem me lê agora, para me alongar um pouco neste texto. Afinal de contas são 15 anos de existência. Além disso, quero agradecer desde já, àqueles que me lerem até o fim.

Desde 19 de março de 1998, tentamos falar do meio ambiente das formas mais diversas possíveis, mas sempre descomplicando e possibilitando a REAPLICAÇÃO. Descobrimos o caminho do cooperativismo (empreendimentos solidários) fazendo as pessoas entenderem que o cuidar do meio ambiente pode gerar renda. Assim, mostramos que o ambiente preservado pode ajudar a “cuidar” do órgão mais importante do corpo humano: O BOLSO.

Sim, o bolso! Desculpe-me quem lê, mas acreditar que um sertanejo, o pescador no fundo da Baía de Guanabara ou a dona de casa, vai separar o seu lixo do que é reciclável, simplesmente por que é belo... É utopia.

Baseados nisso, foram três cooperativas criadas, pautadas no reaproveitamento de materiais recicláveis. Duas cooperativas criadas para a reciclagem dos materiais e mais dez incubadas, que deram origem a duas grandes redes de comercialização: Rede CataSonhos e Rede Leste. Falar da questão ambiental, tendo como viés a questão social, mostrou que o desenvolvimento sustentável não se produz na escola, na mídia, nos gabinetes refrigerados dos governantes e nem tanto nas salas bonitas dos patrocinadores de projetos. DESENVOLVIMENTO SUTENTÁVEL se faz, todos os dias nas cozinhas das donas de casas, nas salas de aula de professores imbuídos de sua responsabilidade em formar cidadãos. Na rede de um pescador sensato; na coluna bem escrita (de forma simples e direta) de um repórter consciente; Na caneta de um político bem intencionado (por incrível que pareça, ainda tem alguns)... E nas salas de grandes empresas também. Até porque grandes empresas são feitas de pessoas e, se essas pessoas são do bem, logo a empresa também pode ser, apesar de visar o lucro.

Convictos, nos últimos 15 anos, AJUDAMOS A TRANSFORMAR A VIDA DE MUITA GENTE. Dados e fatos são muitos. Para comemorar os anos dos 15 anos, começamos a rever toda a nossa história e contabilizar o que fizemos. De imediato podemos afirmar que, entre o passado e a atualidade, mais de 600 famílias foram atendidas diretamente em projetos diversos. Mais de 200 mil pessoas (alunos, professores, donas de casa, funcionários de empresas, políticos, gente pobre, gente rica) ouviram, em um auditório ou em uma sala de aula, o nosso recado de como cuidar melhor da nossa nave mãe. Por isso hoje, ao chegar aos 15 anos de existência, podemos afirmar duas coisas:

- Respeito as diversidades (todas elas sem exceção), sinceridade e responsabilidade no que se faz, pode sim existir e afirmamos que dá certo! E

- Qualquer que seja o seu trabalho, missão ou atividade na vida, faça com dedicação e responsabilidade e, só assim poderá olhar para trás e ter a certeza de que fez o que era correto. Os resultados falarão por você.

19 de setembro de 2011

0 UMA REDE QUE REALIZA SONHOS TEM INÍCIO EM 20/09

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Amanhã dia 20 se Setembro será lançada a Rede CataSonhos. Com o patrocínio da Petrobras e realizado pela Ong Guardiões do Mar a rede prevê o resgate da cidadania e da dignidade de catadores de materiais recicláveis em parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro através da comercialização conjunta de materiais recicláveis e óleo vegetal residual agregando valor, com diminuição de custos. As Cooperativas que constituem esta nova forma de se relacionar com o mercado são: COOPQUITUNGO (Brás de Pina), COOPCAMJG (Jardim Gramacho), Reciclando Para Viver (Centro/RJ), Recooperar São Gonçalo e Recooperar Itaboraí.

Para comemorar este acontecimento as 10h00min será servido um café da manhã para os cooperados e convidados em geral e as 11h00min será realizada uma solenidade para o lançamento oficial. A festa acontecerá no Galpão Sede da Rede, situado à Travessa Manuel Pita, n.o 120 – Porto Novo – São Gonçalo – RJ – CEP. 24435-700.

Este projeto teve início em janeiro do corrente e desde então, mobilizou e mapeou catadores e cooperativas nas localidades acima. Os grupos solidários encontravam-se em níveis muito díspares de organização e legalização. A equipe técnica do projeto ministrou cursos de cooperativismo, gestão financeira e administrativa, padronização de fardos (de materiais recicláveis), entre outros. Um contador acompanhou as lideranças durante todo o processo de legalização daqueles que só existiam de fato, mas não de direito e ainda, atualizou documentação dos que apresentavam pendências. Além disso, um enxoval básico com vistas ao nivelamento de infra estrutura também está sendo disponibilizado para os cinco grupos. Três caminhões de maior porte (8 e 13 ton de carga) e dois de menor (4 ton de carga) fazem as coletas nos grandes geradores e levam aos espaços físicos dos empreendimentos, onde os resíduos são pesados, triados, prensados para posterior comercialização. E a Rede já está dando resultados:

_ “... Foram anos de luta nadando e nadando, sempre morrendo na praia. E hoje em poucos meses estamos assistidos por um projeto que está trazendo benefício para todo mundo. Estruturando nossa área de atividade (mesmo com espaço provisório), EPIs, uniformes e transporte para coleta do material que é doado...” trecho de entrevista com a Sra. Claudete da Costa Ferreira – Presidente da Cooperativa Reciclando Para Viver, no Centro do Rio.

MAS, POR QUE REDE CATASONHOS?

Por se tratar de uma ação voltada para os catadores de material reciclável, uma catadora de São Gonçalo (senhora Conceição Macedo) declarou que após entrar para uma cooperativa percebeu que assim poderia melhorar de vida. Ela disse: “Agora, sou uma catadora de sonhos”.  O nome CataSonhos está vinculado a idéia de melhoria de qualidade de vida e intimamente aos desejos do catador. A marca do projeto é um coletor de sonhos, um filtro que separa o sonho ruim do bom.

QUAL A IMPORTÂNCIA DE UMA REDE?

Ela potencializa o trabalho dos catadores na hora da comercialização. O mercado da reciclagem é denominado Oligopsônico, ou seja, quem compra é que estabelece o valor. Quando várias cooperativas se juntam e passam a vender em escala (grande volumes), fica mais fácil conseguir melhores preços. Por isso a necessidade de criação das redes, pois juntos, eles são mais fortes. Hoje, o valor da cesta de recicláveis está em torno de R$ 0,35 (trinta e cinco centavos). Este valor corresponde a soma de um quilo dos principais materiais como vidro, papel branco, papel misto, revista, jornais, latinhas, ferros em geral, Tetra Pak, entre outros. Assim se chega a esta média. Se levarmos em consideração o salário mínimo atual. Uma cooperativa com 20 catadores precisará coletar 31.142,85 quilos de material, para conseguir os vinte salários. Não estão computadas aqui despesas fixas como energia, telefonia, IPTU, combustível, taxas em geral, etc. Ou seja, quando se atua em rede melhora-se o valor da cesta, por conta da escala e assim melhoram-se os salários dos catadores.

Ajude-nos a tornar esta Rede mais eficiente. Converse com seus vizinhos, amigos, síndico, façam um grande movimento em prol da melhoria estética, social e ambiental de nossa cidade. Os empresários também estão convidados a fazer parte desta mudança. Não importa o tamanho de seu empreendimento, a coleta é gratuita. Entre em contato e entenda como funciona!

Ao separar corretamente seu lixo molhado do seco você: desacelera o aquecimento global; poupa energia; diminui a derrubada de árvores; enfim, diminui o impacto ambiental negativo. Isto é ecologicamente correto!

Além disso, promove o resgate da dignidade de famílias de catadores, que poderão pagar por suas moradias, alimentação e ter uma vida melhor. Isto é socialmente justo!

Ao retornarem ao mercado como consumidores, essas famílias reaquecem a economia. Isto é economicamente viável! Logo, todos estaremos praticando o desenvolvimento sustentável!

“_ Os Guardiões do Mar incubam empreendimentos solidários, gerando trabalho e renda já a treze anos. Com o patrocínio da Petrobras, podemos potencializar estes resultados e somente no ano de 2011 estamos atendendo com este projeto diretamente 180 famílias. Isto é motivo de orgulho e nos faz viver a sensação do dever cumprido.” Disse Pedro Belga, presidente dos Guardiões.

PROJETO CATASONHOS – RESULTADOS PARCIAIS

Principais produtos: Dois Galpões (um reformado e outro construído), totalizando mais de 2000 metros disponíveis para triagem, prensagem, armazenagem e comercialização de recicláveis; Cinco caminhões: com capacidade de carga de: dois de 13 ton; um de 08 ton; dois de 04 ton.). Uma Ducato; uma estação de filtragem de óleo vegetal residual em operação; uma rede de comercialização criada e em plena operação; Distribuição de enxoval básico aos grupos atendidos, quais sejam: EPI’s, computadores com impressoras, racks, papel, tinta de impressora, etc.; Uniformes (calças, bermudas, bonés, camisas), uma campanha de comunicação pautada na captação de novos doadores e mobilização da sociedade para o correto descarte de recicláveis que prevê: outdoors, banners, folders, panfletos, placas; faixas, site, blogs, redes sociais, informativos, brindes, adesivos de carros, envelopamento de veículos, pastas, ecobags, etc.

Principais resultados: mais de 30 grandes empresas, como parceiras/doadoras; Aproximadamente 180 famílias de catadores atendidos em cinco cooperativas, com melhoria da qualidade de vida; Contribuição para a melhoria da qualidade estética e ambiental da região atendida; qualificação dos catadores para gestão de seus empreendimentos e da Rede formada, promovendo o protagonismo dos mesmos; melhoria das condições laborais; duas cooperativas legalizadas pela ação do projeto e três atualizadas;

As Cooperativas que já possuem seus blogs:
http://www.recooperarsaogoncalo.blogspot.com/
http://coopquitungo.blogspot.com/
http://recooperaritaborai.blogspot.com/

27 de agosto de 2011

3 Breve Histórico - ONG Guardiões do Mar

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Através de estudos/entrevistas nas escolas públicas e privadas nos municípios de Niterói e São Gonçalo, foi observada uma grande falta de informação sobre os ecossistemas costeiros do Brasil e do mundo. É sabido que aproximadamente 2/3 da população mundial vive a menos de 200 km da costa. O Brasil possui mais 8.000 km de costa e um grande número de comunidades que vivem basicamente da pesca e seus produtos. Sabemos ainda que as áreas costeiras são as mais produtivas e que boa parte do oxigênio atmosférico é resultado do metabolismo das microalgas que são encontradas em abundância nestas regiões.

O projeto/Ong Guardiões do Mar, pela proximidade, adotou como ecossistema e área de atuação a Baía de Guanabara, um importante e belíssimo patrimônio ecológico do Estado do Rio de Janeiro, que vem ao longo da história sofrendo graves e constantes agressões. Assim, de forma pontual, porém constante, iniciou-se um trabalho de educação ambiental (março de 1993), utilizando o atrativo das cores e de atividades lúdicas para mostrar a importância de preservar nossos ecossistemas, priorizando as áreas costeiras.

A primeira grande tarefa foi mostrar porque preservar. Nasceu assim a idéia de exposições itinerantes onde aquários de água salgada e uma coleção seca (restos de pesca), eram montados de forma didática para desmistificar a idéia de que “educação” só se faz em sala de aula, com quadro e giz.

Assim um grupo de universitários/professores da área de biologia e biologia marinha, criou o que viria a ser conhecido como Projeto Guardiões do Mar, que de março de 93 até abril de 1998, atuou em diversas localidades/comunidades, dos municípios de Niterói e São Gonçalo entre outros.

Eventos importantes como Niterói encontro com Portugal – Brasil 500 anos e a I Expo Ciências do Mar de Niterói, foram os primeiros grandes eventos elaborados e realizados pelo então jovem Projeto Guardiões do Mar.

HOJE:

A Ong Guardiões do Mar é uma instituição sem fins lucrativos, sediada no município de São Gonçalo e fundada em 19 de março de 1998. Desenvolve projetos socioambientais promovendo ações de mobilização social e educação ambiental aliadas à geração de trabalho e renda em comunidades menos favorecidas. Suas atividades estão pautadas nos conceitos de Economia Solidária e Comércio Justo, tendo como principal componente fomentador de renda, o reaproveitamento de resíduos sólidos pós-consumo e ainda, coleta, triagem e comercialização de materiais para a reciclagem. Questões como gênero, etnias, jovens e comunidades em risco social, entre outros, são a base para a elaboração e execução das ações da Ong Guardiões do Mar, que remetem para o desenvolvimento sustentável. Nossa missão é: Preservar e proteger ecossistemas naturais usando de estratégias que levem ao desenvolvimento sustentável, tratando o homem, como principal componente do meio.

Principais Ações Realizadas

Os Guardiões do Mar desenvolveram uma linha de atuação baseada na instituição de grupos em associativismo/cooperativismo. Os produtos confeccionados por esses empreendimentos (cooperativas) e comercializados são oriundos de comunidades diversas. Estes produtos concentram conceitos ambientais e sociais, promovendo assim o Desenvolvimento sustentável. No tocante ao reaproveitamento as principais cooperativas apoiadas por esta gestão (com ou sem incubação) foram a Manguezarte Arte e Cultura, Modelarte – Ateliê Mulheres das Pedrinhas e Mulheres de Fibra (em São Gonçalo), e Mulheres Arteiras (em Niterói). Estas cooperativas possuem produção própria ou agregam valor às peças oriundas de outras comunidades, fazendo com que um único produto gere renda para ao menos dois grupos/comunidades diferentes.

Em julho de 2005, os Guardiões do Mar conquistaram sua sede própria, o que permitiu alçar vôos ainda maiores. O Centro de Referência Guardiões do Mar foi adquirido e reformado com o patrocínio da Petrobras. Cursos e oficinas para professores, lideranças comunitárias e jovens, ações afirmativas, gincanas, oficinas de artesanato com reaproveitamento de resíduos envolvendo a comunidade, entre diversas outras atividades. Todas estas atividades têm como viés a educação ambiental e as questões ligadas ao ambiente adjacente.

Os excelentes resultados com as atividades acima estão pautados em uma metodologia própria de gestão comunitária. Atualmente a Fundação Banco do Brasil e o BNDES, também fazem parte desta carteira de apoiadores da instituição.

Participação em eventos nacionais e internacionais:

17º Congresso Internacional do Petróleo (17 WPC - RJ); 3o e 4o Congresso GIFE Ibero-Americano do Terceiro Setor (São Paulo); IV, V, VI Expo Brasil - Desenvolvimento Local (Fortaleza – CE, Salvador – BA e Cuiabá – MS respectivamente), VI Fórum Social Mundial (Caracas-Venezuela); Recicla-Ação (Curitiba – Paraná); I Seminário Nacional de RTS (Salvador – Bahia); I Seminário Internacional de Reciclagem (Porto Alegre – RS); Congresso Nacional de Lixo e Cidadania (Belo Horizonte – MG); III Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade (RJ); 4a Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação (Brasília – DF). Estes e diversos outros eventos fazem parte da capacitação da equipe para levar sempre informações atualizadas para as comunidades atendidas.

Ao longo de 13 anos, os programas, projetos e ações realizaram atividades inéditas nas comunidades alvo, causando efetivas e perenes transformações naquelas localidades e grupos de pessoas.

Em 2006, com a realização do projeto Re-Cooperar, os Guardiões entraram em uma nova fase de empreendimentos. Formar cooperativas de catadores de materiais recicláveis e passar a atuar em outro tipo de mercado: o da reciclagem. Com esta ação, passamos a atuar em sistema de rede com empreendimentos de São Paulo e Minas Gerais. O que no início parecia um grande desafio, tem se mostrado (por intermédio dos resultados), mais uma ação de sucesso. Resultados atuais desta atuação são as Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis de São Gonçalo e Itaboraí, ambas com Licença de Operação do INEA.

Prêmios:

  • 2003 e 2004 - Prêmio Super Ecologia da Revista Super Interessante (Editora Abril Cultural), na categoria Comunidades.
  • 2006 - Prêmio Mulher Empreendedora do SEBRAE, Cooperativas Manguezarte e Modelarte (segundo e terceiro lugares).
  • 2009 - Cooperativa Recooperar de São Gonçalo, por intermédio da indicação da catadora Conceição Macedo da Silva (segundo lugar) e a artesã Marilêda, presidente da Modelarte (quarto lugar).
  • 2010 - Ong Guardiões do Mar foi homenageada no 4o Prêmio Brasil de Meio Ambiente do Jornal do Brasil, como destaque municipal, por conta dos resultados alcançados com as atividades realizadas com catadores de materiais recicláveis urbanos.
  • 2010 – Cooperativa Recooperar de São Gonçalo – Prêmio valores do Brasil, conferido pelo banco do Brasil na categoria Educação Ambiental - Fitilhagem

Tudo isso, nos leva a dispor em nossa carteira de patrocínios, empresas e instituições como: Petróleo Brasileiro SA, Eletrobrás, Furnas Centrais Elétricas, Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Prefeitura Municipal de São Gonçalo, Secretaria de Estado do Ambiente, Fundação Banco do Brasil (FBB), Banco do Brasil (BB) e, diversos outros parceiros apoiadores também não menos importantes.

15 de julho de 2011

5 Guia prático de como realizar “Sonhos”


Por que CataSonhos?

Trata-se de uma ação voltada para os catadores de material reciclável. Uma catadora de São Gonçalo (Conceição Macedo) declarou que após entrar para uma cooperativa percebeu que assim poderia melhorar de vida. Ela disse: “Agora, sou uma catadora de sonhos”.  O nome CataSonhos está vinculado a idéia de melhoria de qualidade de vida e intimamente aos desejos* do catador.
A marca do projeto é um coletor de sonhos, um filtro que separa o sonho ruim do bom


*Em filosofia, o desejo é uma tensão em direção a um fim considerado pela pessoa que deseja como uma fonte de satisfação. É uma tendência algumas vezes consciente, outras vezes inconsciente ou reprimida. Quando consciente, o desejo é uma atitude mental que acompanha a representação do fim esperado, o qual é o conteúdo mental relativo à mesma. (Wikipédia).

Patrocinado pela Petrobras e realizado pela Ong Guardiões do Mar, o Projeto CataSonhos tem como principal objetivo o fortalecimento da atividade de coleta e comercialização (em rede) de material reciclável e de óleo vegetal usado, promovendo a melhoria de qualidade de vida para 160 catadores(as) e ainda melhoria de qualidade ambiental e estética da região atendida.

Beneficiados
Diretamente seis cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Até 06/11, as Cooperativas ReCooperar São Gonçalo, Quitungo em Brás de Pina, ReCooperar Itaboraí, Reciclando para Viver e Jardim Gramacho, e mais um grupo em fase de instituição, estão sendo atendidos com infraestrutura (caminhões, corpo técnico, uniformes, EPI’s, rota de coleta, manutenção de veículos, maquinários, equipamentos, capacitações diversas, captação de grandes doadores, oficinas com materiais recicláveis, entre outros).
Qualquer cooperativa interessada poderá tornar-se parceira da Rede CataSonhos, basta manifestar a vontade e atender aos requisitos básicos.

Com o patrocínio da Petrobras a equipe Guardiões do Mar dispõe de quase tudo para ajudar a realizar os sonhos dos catadores.
Só precisamos que a sociedade entenda que lixo e material reciclável são coisas diferentes.
Um pequeno gesto nosso (correta separação e doação para um catador ou cooperativa) pode fazer a diferença entre realizar sonhos, gerando emprego e renda ou continuar a poluir o ambiente;

Área de atuação
Parte da região metropolitana do Rio de Janeiro (Centro/RJ; Niterói; São Gonçalo e Itaboraí).


COMO REALIZAR “SONHOS”?

1) Sociedade em geral: entender que aquilo que não lhes serve mais (latas, papel, papelão, jornais, revistas, caixinhas longa vida, plásticos diversos, copinhos de iogurte, vidros, panelas velhas, entre tantas outras coisas) são recicláveis e devem ser doados a um catador/cooperativa.

2) Poder Público: Atuar para formar uma sociedade ambientalmente correta e socialmente justa. Educação ambiental nas escolas, campanhas de comunicação e investimentos em coleta seletiva, parcerias com grupos, associações, ongs e cooperativas.
 
3) Segundo Setor: (empresas em geral) se tornar parceiro da sociedade, do Poder Público e dos catadores. Basta que grandes geradores como supermercados, shoppings, condomínios e outras empresas passem a doar seus resíduos (descartados de forma correta) que muitos empregos diretos serão gerados;

4) Imprensa: continuar o trabalho de divulgação de boas práticas neste sentido. É necessária a massificação da informação, diminuindo/dirimindo as dúvidas de como agir para melhorar sua rua, bairro, município e em efeito cascata: O PLANETA TERRA.

Converse com seus vizinhos, amigos, síndico, façam um grande movimento em prol da melhoria estética, social e ambiental de nossa cidade. Os empresários também estão convidados a fazerem parte desta mudança. Não importa o tamanho de seu empreendimento, a coleta é gratuita. Entre em contato e entenda como funciona!

Ao separar o seu material e disponibilizá-lo para a coleta seletiva, você ajuda a gerar postos de trabalho, gerando renda para catadores de nossa cidade. Diminui a quantidade de resíduos nos aterros (aumentando sua vida útil).

CORRETA SEPARAÇÃO E DESCARTE DOS RECICLÁVEIS:
    • Ajuda a diminuir a ocorrência de enchentes;
    • Melhora a qualidade estética de ruas, praças, campinhos;
    • Diminui a incidência de vetores;
    • Diminuem gastos públicos com saúde, varrição e outras intervenções;
   • Previne o impacto em ecossistemas diversos (praias, rios,  lagos, manguezais, baías, bosques, florestas, etc.);
   • Gera emprego e renda, reaquecendo a economia;

PROMOVE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL!

7 de setembro de 2010

3 Falhas na coleta de sólidos fazem a Baía receber 100 toneladas de detritos por dia

POR DIEGO BARRETO

Rio - Garrafas plásticas, pneus, um velho tubo de imagem de televisão, restos de móveis, lâmpadas fluorescentes. Na Praia de Tubiacanga, na Ilha do Governador, um tapete de lixo tomou a faixa de areia. No local, as garças deram lugar aos urubus, num cenário que se confunde com o de um lixão. Rodeada por 16 municípios, dos quais a maioria conta com serviço precário de coleta de detritos, a Baía de Guanabara acaba recebendo parte das 9 mil toneladas diárias de resíduos sólidos produzidas na Região Metropolitana do Rio. Além de esgoto, especialistas estimam que, desse total, em média 100 toneladas de lixo cheguem à Baía todo dia.

Praias da Ilha do Governador acumulam toda a sorte de detritos | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

“A gente encontra de tudo nas margens: plástico, metal, restos de móveis, até eletrodomésticos. Infelizmente parece que tudo que as pessoas não querem mais vai para lá”, enumera Sérgio de Oliveira, 68 anos, que há 5 trabalha coletando material reciclável na Baía. Conforme estudo elaborado pelo engenheiro hidráulico Jorge Paes Rios, o lixo não coletado ou lançado em aterros clandestinos tem como destino final a Baía, que também recebe todos os dias pelo menos 800 litros de chorume — líquido altamente poluente, produzido durante a decomposição do lixo.
“A situação é crítica. Os municípios do Rio e de Niterói são os que têm melhor atendimento de serviços de coleta, tratamento e destinação final dos resíduos. Mesmo assim, nem toda a área municipal é coberta de forma satisfatória. Os aterros existentes, de modo geral, não apresentam condições mínimas de operação, comprometendo o lençol freático e trazendo problemas sanitários para as populações situadas no entorno. Boa parte do lixo é coletada de forma deficiente e depositada inadequadamente, representando também grande carga poluente para os rios da região, que escoam para a Baía”, explica o especialista.

Na sede do programa Re-Cooperar, peças são montadas a partir de material retirado das praias | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

O efeito desse derrame de lixo nas águas da Baía é sentido por quem mora próximo das praias da Baía, como a artesã Luzia Tavares, 51. Nascida e criada no bairro Boa Vista, em São Gonçalo, ela deixou as caminhadas na Praia das Pedrinhas. “Tem muito lixo, a praia se tornou imprestável. Quando eu era menina, catava marisco lá. Hoje fico com o coração partido ao ver a situação”.

Reciclagem como saída

Inconformado com anos de degradação, o biólogo marinho Pedro Belga resolveu buscar no lixo a solução para reverter a realidade ambiental e social de comunidades na beira da Baía. “Sou filho de pescador e sempre ficava muito triste em ver a Baía agonizando. Na década de 90, montei um evento sobre o tema. Fez tanto sucesso que não parei mais”, conta Pedro, que em 1998 fundou a ONG Guardiões do Mar. Hoje, a instituição coordena quatro projetos de reciclagem com mais de 100 famílias e recolhe anualmente mais de mil toneladas de lixo que iriam para a Baía. “Quando as pessoas percebem que o lixo é renda, elas não jogam mais fora e acabam disseminando essa ideia. Além do benefício para o meio ambiente, estamos resgatando a autoestima dessas pessoas, que se tornam agentes ambientais”, conclui Pedro.

Reciclagem que dá sustento familiar

Fim de tarde na Praia das Pedrinhas, São Gonçalo. Munidos de sacos plásticos, Sérgio de Oliveira e Iara Peixoto começam a recolher da areia o sustento de suas famílias. Eles são membros do Programa Re-Cooperar, iniciativa da ONG Guardiões do Mar, que recicla mais de 100 toneladas de resíduos sólidos por mês. “Todo este lixo (a dupla recolheu mais de 20 quilos em apenas 20 minutos de coleta), que seria mais fonte de poluição, vai se transformar em salário. Por mês, cada cooperativado tira uma média de R$ 600”, explica Sérgio, que se orgulha do trabalho que executa. “Tive que trabalhar com o lixo para aprender a importância de reciclar. Hoje tento transmitir isso para todos na minha vizinhança”.

Guardiões do Mar em ação na Praia das Pedrinhas: um quilo de detritos removido a cada minuto | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

A propagação da ideia parece estar dando certo. Batendo de porta em porta para explicar o projeto, os membros da Re-Cooperar já cadastraram uma rede com mais de 400 residências que fazem a separação do lixo para reciclagem, em São Gonçalo — município que ainda não conta com um programa de coleta seletiva.

O lixo coletado se transforma em móveis, objetos de decoração, acessórios e brindes ecológicos pelas mãos dos artesãos dos projetos ‘Manguezarte’, ‘Modelarte’ e ‘Mulheres Arteiras’.
“Fico aliviada de saber que, de alguma forma, estou contribuindo para diminuir a poluição na Baía. Hoje tenho lixeira para plástico, papel e restos de alimento. Diminuir ou aumentar a poluição depende de cada um de nós, estou fazendo a minha parte”, afirma Marileda Silva, 54, que trabalha na Guardiões do Mar há seis anos.

Colaborou Maria Luísa Barros

Fonte http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/9/falhas_na_coleta_de_solidos_fazem_a_baia_receber_100_toneladas_de_detritos_por_dia_108437.html

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