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3 de abril de 2014

0 PROJETO CATASONHOS II

 

Em 2011, os Guardiões do Mar realizaram o Projeto CataSonhos. Com o patrocínio da Petrobras, pelo Programa Desenvolvimento & Cidadania foi criada, de fato, uma Rede de comercialização de recicláveis. Além das doações de veículos, investimentos em infraestrutura, acompanhamento técnico, entre outros resultados, naquele ano foram retirados do ambiente e, corretamente encaminhados para a reciclagem, mais de mil toneladas de materiais. Os ganhos foram muitos, tanto para o ambiente, quanto socialmente falando.

CAM00213Desde o início de fevereiro (2014) estamos novamente na estrada. Agora, além de consolidar os resultados, doar uma frota de caminhonetes Shineray, que vão possibilitar a coleta seletiva nos bairros onde estão instalados os grupos produtivos, também será criada uma Cooperativa de Segundo de Grau. O que existia de fato existirá de direito e permitirá as lideranças das cooperativas atendidas negociar melhores preços de venda de recicláveis, apoiar grupos menores, de forma que possam também melhorar seus valores com a venda em escala e em rede. Além disso, pretendemos realizar um trabalho de educação ambiental nas escolas que ficam no entorno dos galpões. Mobilizar professores, alunos e comunidades para separarem seus recicláveis para doação às cooperativas de Catadores. A intenção é que estas escolas se tornem pontos de entrega voluntária (PEVS) e a coleta seletiva se torne uma realidade, ao menos nesses bairros.

Nessa segunda fase, serão atendidos os seguintes grupos:

Duque de Caxias – Cooperativa de Catadores do Aterro Municipal de Jardim Gramacho – COOPCAMJG;

Rio de Janeiro (Centro) – Cooperativa de Catadores Reciclando Para Viver – COOP-RPV;

Niterói – Cooperativa de Catadores de Niterói – COOPCANIT;

São Gonçalo – Cooperativa ReCooperar de São Gonçalo – RECOOPERAR SG;

Itaboraí – Cooperativa de Catadores Eficiente – COOPERCATEFICIENTE e Cooperativa ReCooperar de Catadores de Itaboraí – RECOOPERITA;

Magé – Cooperativa de Catadores Bongaba – COOPBONGABA;

O CataSonhos II tem então esta proposta. Atuar em seis municípios atendendo diretamente sete cooperativas e disseminar a cultura da coleta seletiva para que a sociedade entenda seu papel transformador da qualidade ambiental e social dos bairros/cidades onde vivem.

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Vamos juntos, transformar nossos lixos em sonhos?

13 de junho de 2012

1 DIVIDINDO COM VOCÊS UMA EXPERIÊNCIA IMPAR

DSCN1650Desde 1998 participo de eventos socioambientais nas mais diversas localidades, palestras, exposições, workshops, enfim. Já fui convidado a falar em comunidades no meio de lugar nenhum, para públicos de níveis de escolaridade variadas desde analfabetos funcionais até doutores. Mas, porque estou dizendo isto tudo! No dia 12/06, ainda por conta das comemorações do mês do meio ambiente, fui convidado a falar para alunos do CIEP 236 - Dejair Cabral Malheiros em São Gonçalo/RJ, sobre questões de coleta seletiva, reciclagem e afins, tendo em vista o trabalho que realizamos com o Projeto Rede Leste, com apoio da FBB e BNDES. Até aí tudo bem! Qual não foi minha surpresa quando ao chegar, percebi que falaria para uma classe de educação inclusiva. A partir do pressuposto de que todas as crianças são especiais (afetivamente), essas eram especiais e ESPECIAIS.

DSCN1675Perceber a atenção e a disposição em tirar dúvidas e ainda discutir possíveis soluções para o problema lixo, por parte de crianças com síndrome de down, deficiência auditiva, visual entre outras, reforçou minha crença de que o Planeta ainda tem solução. Nós, pretensos normais, que teríamos a obrigação de rever nossas atitudes para deixar um planeta melhor para nossas crianças (todas elas), muitas vezes nos furtamos e esperamos que outro faça o que deveria ser também a nossa parte.

Ouvir de uma das crianças que faria uma reunião com a família para que todos não jogassem mais lixo no chão, nem na praia, pois iria sujar o planeta dela, foi um dos melhores resultados que já tive em uma ação com crianças em escolas.

DSCN1674Agradeço a Deus a oportunidade de ter estado naquela escola naquela data, pois achando que iria ensinar, percebi (mais uma vez) que temos muito a aprender com os pequenos e que o PLANETA TERRA, definitivamente é de todos nós, "normais" ou especiais. E que deixar (passivamente) a cargo dos governantes a responsabilidade de gerir nosso futuro é no mínimo temeroso.

 

 

Também me fez muito bem saber que em São Gonçalo, existe uma experiência educacional deste porte. Parabéns aos professores, coordenadores, pessoal da limpeza, enfim todos que de forma direta ou indireta, contribuem, mesmo sem saber por um processo tão especial: a inclusão de seres humanos no cotidiano da vida.

Pedro Belga

19 de setembro de 2011

0 UMA REDE QUE REALIZA SONHOS TEM INÍCIO EM 20/09

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Amanhã dia 20 se Setembro será lançada a Rede CataSonhos. Com o patrocínio da Petrobras e realizado pela Ong Guardiões do Mar a rede prevê o resgate da cidadania e da dignidade de catadores de materiais recicláveis em parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro através da comercialização conjunta de materiais recicláveis e óleo vegetal residual agregando valor, com diminuição de custos. As Cooperativas que constituem esta nova forma de se relacionar com o mercado são: COOPQUITUNGO (Brás de Pina), COOPCAMJG (Jardim Gramacho), Reciclando Para Viver (Centro/RJ), Recooperar São Gonçalo e Recooperar Itaboraí.

Para comemorar este acontecimento as 10h00min será servido um café da manhã para os cooperados e convidados em geral e as 11h00min será realizada uma solenidade para o lançamento oficial. A festa acontecerá no Galpão Sede da Rede, situado à Travessa Manuel Pita, n.o 120 – Porto Novo – São Gonçalo – RJ – CEP. 24435-700.

Este projeto teve início em janeiro do corrente e desde então, mobilizou e mapeou catadores e cooperativas nas localidades acima. Os grupos solidários encontravam-se em níveis muito díspares de organização e legalização. A equipe técnica do projeto ministrou cursos de cooperativismo, gestão financeira e administrativa, padronização de fardos (de materiais recicláveis), entre outros. Um contador acompanhou as lideranças durante todo o processo de legalização daqueles que só existiam de fato, mas não de direito e ainda, atualizou documentação dos que apresentavam pendências. Além disso, um enxoval básico com vistas ao nivelamento de infra estrutura também está sendo disponibilizado para os cinco grupos. Três caminhões de maior porte (8 e 13 ton de carga) e dois de menor (4 ton de carga) fazem as coletas nos grandes geradores e levam aos espaços físicos dos empreendimentos, onde os resíduos são pesados, triados, prensados para posterior comercialização. E a Rede já está dando resultados:

_ “... Foram anos de luta nadando e nadando, sempre morrendo na praia. E hoje em poucos meses estamos assistidos por um projeto que está trazendo benefício para todo mundo. Estruturando nossa área de atividade (mesmo com espaço provisório), EPIs, uniformes e transporte para coleta do material que é doado...” trecho de entrevista com a Sra. Claudete da Costa Ferreira – Presidente da Cooperativa Reciclando Para Viver, no Centro do Rio.

MAS, POR QUE REDE CATASONHOS?

Por se tratar de uma ação voltada para os catadores de material reciclável, uma catadora de São Gonçalo (senhora Conceição Macedo) declarou que após entrar para uma cooperativa percebeu que assim poderia melhorar de vida. Ela disse: “Agora, sou uma catadora de sonhos”.  O nome CataSonhos está vinculado a idéia de melhoria de qualidade de vida e intimamente aos desejos do catador. A marca do projeto é um coletor de sonhos, um filtro que separa o sonho ruim do bom.

QUAL A IMPORTÂNCIA DE UMA REDE?

Ela potencializa o trabalho dos catadores na hora da comercialização. O mercado da reciclagem é denominado Oligopsônico, ou seja, quem compra é que estabelece o valor. Quando várias cooperativas se juntam e passam a vender em escala (grande volumes), fica mais fácil conseguir melhores preços. Por isso a necessidade de criação das redes, pois juntos, eles são mais fortes. Hoje, o valor da cesta de recicláveis está em torno de R$ 0,35 (trinta e cinco centavos). Este valor corresponde a soma de um quilo dos principais materiais como vidro, papel branco, papel misto, revista, jornais, latinhas, ferros em geral, Tetra Pak, entre outros. Assim se chega a esta média. Se levarmos em consideração o salário mínimo atual. Uma cooperativa com 20 catadores precisará coletar 31.142,85 quilos de material, para conseguir os vinte salários. Não estão computadas aqui despesas fixas como energia, telefonia, IPTU, combustível, taxas em geral, etc. Ou seja, quando se atua em rede melhora-se o valor da cesta, por conta da escala e assim melhoram-se os salários dos catadores.

Ajude-nos a tornar esta Rede mais eficiente. Converse com seus vizinhos, amigos, síndico, façam um grande movimento em prol da melhoria estética, social e ambiental de nossa cidade. Os empresários também estão convidados a fazer parte desta mudança. Não importa o tamanho de seu empreendimento, a coleta é gratuita. Entre em contato e entenda como funciona!

Ao separar corretamente seu lixo molhado do seco você: desacelera o aquecimento global; poupa energia; diminui a derrubada de árvores; enfim, diminui o impacto ambiental negativo. Isto é ecologicamente correto!

Além disso, promove o resgate da dignidade de famílias de catadores, que poderão pagar por suas moradias, alimentação e ter uma vida melhor. Isto é socialmente justo!

Ao retornarem ao mercado como consumidores, essas famílias reaquecem a economia. Isto é economicamente viável! Logo, todos estaremos praticando o desenvolvimento sustentável!

“_ Os Guardiões do Mar incubam empreendimentos solidários, gerando trabalho e renda já a treze anos. Com o patrocínio da Petrobras, podemos potencializar estes resultados e somente no ano de 2011 estamos atendendo com este projeto diretamente 180 famílias. Isto é motivo de orgulho e nos faz viver a sensação do dever cumprido.” Disse Pedro Belga, presidente dos Guardiões.

PROJETO CATASONHOS – RESULTADOS PARCIAIS

Principais produtos: Dois Galpões (um reformado e outro construído), totalizando mais de 2000 metros disponíveis para triagem, prensagem, armazenagem e comercialização de recicláveis; Cinco caminhões: com capacidade de carga de: dois de 13 ton; um de 08 ton; dois de 04 ton.). Uma Ducato; uma estação de filtragem de óleo vegetal residual em operação; uma rede de comercialização criada e em plena operação; Distribuição de enxoval básico aos grupos atendidos, quais sejam: EPI’s, computadores com impressoras, racks, papel, tinta de impressora, etc.; Uniformes (calças, bermudas, bonés, camisas), uma campanha de comunicação pautada na captação de novos doadores e mobilização da sociedade para o correto descarte de recicláveis que prevê: outdoors, banners, folders, panfletos, placas; faixas, site, blogs, redes sociais, informativos, brindes, adesivos de carros, envelopamento de veículos, pastas, ecobags, etc.

Principais resultados: mais de 30 grandes empresas, como parceiras/doadoras; Aproximadamente 180 famílias de catadores atendidos em cinco cooperativas, com melhoria da qualidade de vida; Contribuição para a melhoria da qualidade estética e ambiental da região atendida; qualificação dos catadores para gestão de seus empreendimentos e da Rede formada, promovendo o protagonismo dos mesmos; melhoria das condições laborais; duas cooperativas legalizadas pela ação do projeto e três atualizadas;

As Cooperativas que já possuem seus blogs:
http://www.recooperarsaogoncalo.blogspot.com/
http://coopquitungo.blogspot.com/
http://recooperaritaborai.blogspot.com/

6 de setembro de 2011

0 PROJETO REDE LESTE CHEGA A REGIÃO DOS LAGOS

Após diversas conversas, mobilizações, idas e vindas, ontem 05/09 realizamos reunião com a Secretaria de Ambiente de Araruama, onde fomos muito bem recebidos. Estava presente o Secretário, sua equipe e a líder da cooperativa que será instituída em 12/09 a COOPERATIVA PERSEVERANÇA de catadores de material reciclável. Após 08 anos de luta a líder, Sra. Norma vê tornar-se realidade seu sonho: O lançamento da campanha de coleta seletiva solidária municipal e a instituição da Cooperativa. Parabéns a Prefeitura e mais ainda a Norma, que soube perseverar e ver seu sonho realizar-se.

O projeto Rede Leste, realizado pela Ong Guardiões do Mar em parceria com o IBS e patrocinado pela Fundação Banco do Brasil e pelo BNDES apoiará a nova cooperativa de formas diversas (EPI’s, custas para fundação, uniformes, capacitações, acompanhamento técnico, computador, etc.) além de recebê-la na Rede de Comercialização que se encontra em formação para que juntos, os catadores sejam mais fortes e possam aumentar ainda mais os postos de trabalho gerados pela coleta de materiais recicláveis. Transformando aquilo que não nos serve mais (e que não é lixo) em renda e dignidade para no caso da Cooper Perseverança 32 famílias.

Além da bem sucedida reunião em Araruama, participamos (05/09) de reuniões com a Cooper Clean em Arraial do Cabo, a Cooper Forte em Cabo Frio e agendamos para esta semana ainda com a Cooper Costa do Sol (também em Arraial do Cabo) e uma cooperativa de Búzios.
Ao todo serão mais de 180 famílias (catadores) atendidas (em cinco cooperativas da região) por esta Rede que em muito fortalecerá a atividade de coleta de recicláveis promovendo sua comercialização em escala. Além do atendimento básico, equipamentos de proteção individual, doação de computadores completos, oficialização dos grupos e regularização documental, também serão ministradas capacitações diversas e acompanhamento técnico para a fundação da Rede.
O projeto tem o patrocínio da FBB e do BNDES e é realizado pelos Guardiões do Mar em parceria com o IBS. Até dezembro pretendemos atender 350 catadores (e familiares) com melhoria da qualidade de vida e aumento dos percebimentos mensais, resgatando a dignidade destas famílias, gerando emprego e renda. Ao longo do ano de 2012 pretendemos que coleta seletiva seja uma prática comum nesta região e que os catadores possam atuar como agentes ambientais. A partir de um trabalho de comunicação onde a população possa se tornar socialmente justa e ambientalmente correta.

15 de julho de 2011

5 Guia prático de como realizar “Sonhos”


Por que CataSonhos?

Trata-se de uma ação voltada para os catadores de material reciclável. Uma catadora de São Gonçalo (Conceição Macedo) declarou que após entrar para uma cooperativa percebeu que assim poderia melhorar de vida. Ela disse: “Agora, sou uma catadora de sonhos”.  O nome CataSonhos está vinculado a idéia de melhoria de qualidade de vida e intimamente aos desejos* do catador.
A marca do projeto é um coletor de sonhos, um filtro que separa o sonho ruim do bom


*Em filosofia, o desejo é uma tensão em direção a um fim considerado pela pessoa que deseja como uma fonte de satisfação. É uma tendência algumas vezes consciente, outras vezes inconsciente ou reprimida. Quando consciente, o desejo é uma atitude mental que acompanha a representação do fim esperado, o qual é o conteúdo mental relativo à mesma. (Wikipédia).

Patrocinado pela Petrobras e realizado pela Ong Guardiões do Mar, o Projeto CataSonhos tem como principal objetivo o fortalecimento da atividade de coleta e comercialização (em rede) de material reciclável e de óleo vegetal usado, promovendo a melhoria de qualidade de vida para 160 catadores(as) e ainda melhoria de qualidade ambiental e estética da região atendida.

Beneficiados
Diretamente seis cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Até 06/11, as Cooperativas ReCooperar São Gonçalo, Quitungo em Brás de Pina, ReCooperar Itaboraí, Reciclando para Viver e Jardim Gramacho, e mais um grupo em fase de instituição, estão sendo atendidos com infraestrutura (caminhões, corpo técnico, uniformes, EPI’s, rota de coleta, manutenção de veículos, maquinários, equipamentos, capacitações diversas, captação de grandes doadores, oficinas com materiais recicláveis, entre outros).
Qualquer cooperativa interessada poderá tornar-se parceira da Rede CataSonhos, basta manifestar a vontade e atender aos requisitos básicos.

Com o patrocínio da Petrobras a equipe Guardiões do Mar dispõe de quase tudo para ajudar a realizar os sonhos dos catadores.
Só precisamos que a sociedade entenda que lixo e material reciclável são coisas diferentes.
Um pequeno gesto nosso (correta separação e doação para um catador ou cooperativa) pode fazer a diferença entre realizar sonhos, gerando emprego e renda ou continuar a poluir o ambiente;

Área de atuação
Parte da região metropolitana do Rio de Janeiro (Centro/RJ; Niterói; São Gonçalo e Itaboraí).


COMO REALIZAR “SONHOS”?

1) Sociedade em geral: entender que aquilo que não lhes serve mais (latas, papel, papelão, jornais, revistas, caixinhas longa vida, plásticos diversos, copinhos de iogurte, vidros, panelas velhas, entre tantas outras coisas) são recicláveis e devem ser doados a um catador/cooperativa.

2) Poder Público: Atuar para formar uma sociedade ambientalmente correta e socialmente justa. Educação ambiental nas escolas, campanhas de comunicação e investimentos em coleta seletiva, parcerias com grupos, associações, ongs e cooperativas.
 
3) Segundo Setor: (empresas em geral) se tornar parceiro da sociedade, do Poder Público e dos catadores. Basta que grandes geradores como supermercados, shoppings, condomínios e outras empresas passem a doar seus resíduos (descartados de forma correta) que muitos empregos diretos serão gerados;

4) Imprensa: continuar o trabalho de divulgação de boas práticas neste sentido. É necessária a massificação da informação, diminuindo/dirimindo as dúvidas de como agir para melhorar sua rua, bairro, município e em efeito cascata: O PLANETA TERRA.

Converse com seus vizinhos, amigos, síndico, façam um grande movimento em prol da melhoria estética, social e ambiental de nossa cidade. Os empresários também estão convidados a fazerem parte desta mudança. Não importa o tamanho de seu empreendimento, a coleta é gratuita. Entre em contato e entenda como funciona!

Ao separar o seu material e disponibilizá-lo para a coleta seletiva, você ajuda a gerar postos de trabalho, gerando renda para catadores de nossa cidade. Diminui a quantidade de resíduos nos aterros (aumentando sua vida útil).

CORRETA SEPARAÇÃO E DESCARTE DOS RECICLÁVEIS:
    • Ajuda a diminuir a ocorrência de enchentes;
    • Melhora a qualidade estética de ruas, praças, campinhos;
    • Diminui a incidência de vetores;
    • Diminuem gastos públicos com saúde, varrição e outras intervenções;
   • Previne o impacto em ecossistemas diversos (praias, rios,  lagos, manguezais, baías, bosques, florestas, etc.);
   • Gera emprego e renda, reaquecendo a economia;

PROMOVE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL!

22 de junho de 2011

2 Se você gosta do mundo como está, não leia. Mas se achas que pode melhorar... Vamos Lá!

Vivemos hoje em mundo extremamente capitalista. A mídia promove a todo instante o consumo desenfreado. As fábricas parecem que já produzem os bens (de uma forma geral) com prazos cada vez mais curtos de duração. No sentido de que “se acaba logo”, compra-se outro em seguida (mais uma vez o consumismo desenfreado). As crianças, já em sua tenra infância estão aprendendo o que significa moda e consequentemente, que o que hoje está “bombando”, amanhã já deve ser descartado. Joga-se fora aquele bem ou produto e compra-se outro, que em seguida será também substituído. Esta máquina pode ser comparada a um monstro que ao menos uma coisa não leva em consideração: O SER HUMANO!

O Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), através de suas lideranças (nacional e estadual), estima que existam hoje aproximadamente 1.000.000, isso mesmo, um milhão de pessoas vivendo da catação nas ruas das grandes cidades. E acreditamos que este número esteja subestimado. O volume de dinheiro gerado pela reciclagem é imenso, mas, desorganizados, os catadores não tem condições de fazer frente aos empresários, sejam eles pequenos (ferros velhos, tão conhecidos por todos nós), médios ou grandes. Acredita-se que 95% de toda a arrecadação com a comercialização de recicláveis do país fiquem nas mãos dos empresários e apenas 5% seja disponibilizado para esta parcela que pelo número daria para fundar um município de grande porte. Imagine essa quantidade de pessoas, consumindo, pagando impostos. Imagine o catador, tão invisível para a grande maioria das pessoas. Ainda hoje há pessoas que confundem o catador com mendigos, ou pasmem, até com meliantes. Mas voltemos ao raciocínio. Imagine este exército de um milhão de pessoas (ou mais) trabalhando dignamente, vendendo dignamente seus recicláveis e consumindo “DIGNAMENTE”. Isso ajudaria sobremaneira a economia não é mesmo? Mas, sabe por que não acontece? Porque você, “digno” leitor, não está nem aí para o seu lixo! Não se preocupa em separar o seco do molhado. O orgânico do inorgânico. Se tivesse apenas este pequeno trabalho e, melhor ainda, doasse àquele individuo invisível, que com certeza, todos os dias percorre a sua rua, coletando o pouco que foi devidamente descartado, você, com este simples ato, estaria se tornando um cidadão ecologicamente correto e socialmente justo.

Não estamos aqui fazendo apologia ao catador para acabar com os empresários. Em hipótese alguma! Pois este catador terá que vender para alguém. Ao separar corretamente e doar seu “lixo”, o cidadão apenas faz com que todas a peças dessa máquina funcione devidamente. Só isso!

Se ainda não entendeu porque os Guardiões do Mar insistem tanto na educação ambiental focada no correto descarte (seleção dos recicláveis) e doação a um catador/cooperativa, siga nosso raciocínio.

Só com a mobilização em massa da sociedade poderá proporcionar a escala necessária para fomentar grupos solidários, ou seja, empreendimentos de catadores. A escala (grandes quantidades) se faz necessária, quando se faz a simples conta da cesta de recicláveis.

Atualmente (junho/11), a cesta, uma porção daquilo que normalmente é coletado (umas poucas garrafas pet, umas poucas latinhas, um punhado de papel misturado, umas caixinhas longa vida, etc.), está com o preço médio de R$ 0,35 (trinta e cinco centavos) o quilo. Logo, para que um catador possa ganhar o valor de um salário mínimo, será necessário que ele colete/trie/enfarde e comercialize exatos 1.557,14 quilos de materiais. Não estão inclusos aqui os custos fixos necessários para isso: energia/telefone/água/desgaste do veículo para coleta, motorista, IPTU, entre outros. Além disso, aqui está calculado (peso/salário) o valor líquido sem o pagamento dos encargos como o INSS por exemplo. Na verdade uma cooperativa com 20 catadores, com um caminhão e equipamentos básicos (balança, prensa, fragmentadora de papéis/plásticos, computador) e ainda um motorista cooperado, pagando todas as taxas e impostos necessários à manutenção do grupo/empreendimento, teria que coletar ao menos 45.000 ton/mês. Não estão contabilizados aqui os custos do veículo e dos equipamentos, partimos do princípio que estes foram adquiridos via patrocínio.

Por isso, este é um dos principais objetivos dos Guardiões do Mar. Transformar o patrocínio de grandes empresas como Petrobras, Fundação Banco do Brasil, BNDES, entre outras em infraestrutura para que o catador, ao verem a sociedade mobilizada, possa tornar-se também, mais que cidadãos. Tornarem-se também microempresários da reciclagem, fomentando a economia e ajudando a salva a nossa nave mãe: O PLANETA TERRA, com um mínimo de dignidade e de trabalho da sociedade.

Se você leu até aqui e, se concorda conosco, que tal começar hoje uma campanha de coleta seletiva na sua rua, condomínio, cidade. Vamos lá?Vamos mudar o mundo e a realidade das pessoas? Vamos gerar renda e ajudar o meio ambiente sem muito trabalho? Isso não é tudo, sabemos disso! Há muito que fazer, mas já é um bom começo.

Vejo vocês em posto de entrega voluntária de recicláveis ou quem sabe, em uma cooperativa de catadores.

Pedro Paulo Belga de Souza.

Presidente da Ong Guardiões do Mar

16 de junho de 2011

0 Oficinas Gratuitas de Artesanato com Recicláveis

faixaartezanatoA Ong Guardiões do Mar com o patrocínio da Petrobras, incubam empreendimentos solidários de diversos seguimentos, priorizando o artesanato com matérias recicláveis, descartados pós-consumo e a reciclagem propriamente dita.
Através do Projeto CataSonhos, os moradores de áreas no entrono dos Galpões das cooperativas atendidas podem se beneficiar com oficinas de artesanato com recicláveis.

As oficinas são gratuitas e são disponibilizadas 20 vagas por curso. Ao longo de todo o ano realizaremos oficinas de confecção de pufes de garrafas pet, mosaico ecológico e artesanato com jornais.

 

As oficinas têm por objetivo principal mobilizar os moradores do entorno dos galpões para a questão da coleta seletiva e da reciclagem. Mas o sucesso tem sido tamanho que estamos abrindo inscrições para localidades diversas.

certificados-maréBasta que as turmas tenham um mínimo de 20 e máximo de 30 alunos.
Basta ligar para 2605-8016 e agendar.
A ficha de inscrição será enviada por e-mail para um responsável e tão logo seja enviada de volta devidamente preenchida, dá-se início o curso.
Os interessados, porém precisam dispor de um local apropriado para a realização das oficinas.
O professor e o material didático são por conta do Projeto CataSonhos. Ao final de cada oficina são oferecidos certificados de conclusão.

certificados-vila-cruzeiroAs oficinas além de disseminar conceitos de educação ambiental na prática, também promovem a geração de renda alternativa. Dependendo do interesse do aluno essa pode ser uma atividade bastante lucrativa e permite trabalhar em casa. As Cooperativas Modelarte e Manguezarte são exemplos de como reaproveitar matérias recicláveis transformando-os em peças de decoração, móveis, utilitários e acessórios de moda é lucrativo.

Para saber mais leia o artigo sobre a transformação de material reciclável

20 de abril de 2011

1 Você pega o lixo do chão e joga na lixeira?

Um Flash Mob** Canadense muito interessante

Tradução dos textos que aparecem no vídeo.
--A cada ano, 671.000 mil kg de plástico são produzidas ao redor do mundo.
--A cada ano, 400 milhões de garrafas e latas não reembolsáveis ​​são recicladas em Quebec.
--Existem 18 000 peças de plástico flutuando em cada km2 de oceano.
--91% dos quebequenses se preocupam com o meio ambiente. e você?


**Flash Mobs
são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou meios de comunicação social.

9 de janeiro de 2011

6 Projeto CataSonhos e os primeiros resultados

Desde 03 de janeiro está acontecendo Projeto CataSonhos, patrocinado pela Petrobras e realizado pelos Guardiões do Mar. Dentre várias atividades de melhoria da qualidade ambiental da área atendida e da qualidade de vida de catadores de material reciclável duas delas se destacam:catasonhostrans

  • A mobilização de grandes geradores para a doação de materiais recicláveis, aumentando a escala individual dos grupos potencializando a comercialização em escala;

  • A instituição de parcerias estratégicas de forma a disseminar os conceitos da correta seleção de matérias, incentivando a coleta seletiva nas mais diversas esferas da sociedade.

Com relação ao segundo item, em menos de um mês duas parcerias importantes foram instituídas. Uma com a Prefeitura Municipal de São Gonçalo e outra com a Biruta Produções que contratou catadores atendidos pelo projeto CataSonhos para proceder a coleta de jornais na Praias de Copacabana, distribuídos através de campanha de marketing do próprio jornal.

Imagem 286Em janeiro e fevereiro, catadores (as) de Cooperativas integrantes do projeto CataSonhos, atuaram no Leme, Copacabana e Barra (Recreio do Bandeirantes), recolhendo além do jornal (objeto da campanha), copos, latas, plásticos diversos, garrafas em geral e papelões. Além do material prioritariamente reciclável, fonte de renda para os catadores, estes recolheram ainda canudos e diversos outros de forma a diminuir a quantidade de resíduos que poderiam chegar até a água, tendo em vista a impossibilidade de atuação dos tratores da Prefeitura antes do esvaziamento da praia pelos banhistas.

Esperamos que eventos assim aconteçam com mais frequência pois além de gerar renda para catadores, melhora a limpeza da praia e diminui o trabalho do Poder Público. Cabe ressaltar que ao longo de todo o trabalho realizado (nas diversas praias) houve muitos elogios dos banhistas incluindo turistas estrangeiros.
Imagem 233Imagem 324

5 de janeiro de 2011

1 O LIXO SÓ É RECICLADO QUANDO VOCÊ DOA

26 de dezembro de 2010

0 Prêmio Valores do Brasil

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Prezados Amigos, Parceiros, Associados,

É com grande satisfação que informamos a todos, que a Cooperativa Recooperar de Catadores de Material Reciclável, incubada pela Ong Guardiões do Mar e patrocinada pela Petrobras, foi agraciada com o Prêmio "VALORES DO BRASIL".
O Prêmio é uma iniciativa do Banco do Brasil e acontece a cada dois anos.
Concorrem ao prêmio funcionários e dependências do Banco, organizações que apóiam ou desenvolvem projetos em conjunto com Cooperativas, Associações , Ongs; e emprendedores que atuam no território nacional e que realizam projetos relevantes na área de desenvolvimento sustentável. Foram premiadas 20 iniciativas identificadas dentre mais de cinco mil experiências bem sucedidas e que atuam em parceria com o Banco do Brasil. No caso da Cooperativa Recooperar o trabalho de recolhimento de recicláveis nas dependências do Banco no Rio de Janeiro, a relação dos cooperados com funcionários, a participação no DRS e a responsabilidade no cumprimento de horários e prazos de coleta, aliados ao Balanço Ecológico, divulgado na revista JB Ecológico em Agosto de 2009, foram fatores importantes para que a Cooperativa fosse merecedora do Prêmio.
Cientes de estarmos no caminho certo e orgulhosos com mais este resultado queremos dividir com todos esta alegria. Temos certeza de que todos de forma direta ou indireta são responsáveis por este prêmio.
Agradecemos o carinho, a atenção e o empenho de todos os parceiros, doadores de material, patrocinador, apoiadores, enfim, todos que de alguma forma, ajudaram a construir este momento.
Parabéns a Cooperativa Recooperar!

Atenciosamente,

Pedro Belga

24 de setembro de 2010

4 Práticas de Educação Ambiental #educacaoambiental

A Ong Guardiões do Mar atua dentre outras formas como incubadora de empreendimentos solidários. Neste contexto, já instituiu quatro cooperativas sendo duas de artesanato com materiais recicláveis e duas de reciclagem, que capacita catadores destes materiais como agentes ambientais e gestores de seu próprio negócio. Uma quinta cooperativa contou com os Guardiões para sua fundação e hoje é acompanhada por técnicos da Ong, afim de efetivar sua existência, potencializando eficácia e eficiência.

É impotante ressaltar que o patrocínio da Petrobras é de vital importância para o sucesso desses empreendimentos, de onde vem a verba para aquisição de equipamentos, veículos, sedes, infra estrutura e ainda contratação de equipes que vão capacitar e acompanhar os grupos durante a incubação.

Para alcançar sucesso em seus empreendimentos, uma metodologia de educação ambiental prática foi desenvolvida ao longo de seus doze anos de atividade. Esta metodologia baseia-se entre outras coisas na vivência dos envolvidos nas questões ligadas ao meio ambiente e as causas sociais. Por exemplo, podemos citar o envolvimento das cooperadas (Modelarte, Manguezarte e Mulheres Arteiras) com o descarte pós-consumo de recicláveis, matéria-prima da maioria de seus produtos, para citar apenas alguns: pufes de garrafas pet, peças de decoração e utilitários confeccionados com o mosaico ecológico, peças em jornal entre diversos outros.

Na Guardiões do Mar, entende-se que o órgão mais importante do corpo humano é o bolso e para que tenhamos pessoas oriundas de comunidades menos favorecidas com essas questões é necessário que fique patente o retorno econômico que a reciclagem (para citar um exemplo) trás.

Para que tenhamos matéria-prima em abundância (plásticos em geral, papel, jornais, papelão, etc) é necessário sensibilizar a sociedade como um todo. Empresários e Poder Público são atingidos através de campanhas de comunicação em larga escala e cabe aqui um particular, a imprensa, tanto escrita como televisada tem fundamental importância. Assim abastecemos os Galpões com materiais em escala que justificam a geração de dezenas de postos de trabalho, gerando emprego e renda a partir de “lixo” dos grandes geradores. Para mantermos os empreendimentos que tem no artesanato sua principal fonte de renda, atividades em escolas, palestras, oficinas e exposições são desenvolvidas ao longo de todo o ano. Além disso, visitas orientadas à sede da Ong e dos empreendimentos (cooperativas) envolvem o público, sensibilizando-o a descartar corretamente seu material, selecionando-o e doando para estes grupos e/ou para catadores nas áreas próximas a suas residências.

Ao visitar os Guardiões (em grupos ou sozinhos) alunos, professores, lideranças comunitárias e empresários, vivem a pratica da reciclagem e do reaproveitamento. Percebem in loco., que aquilo que é falado, acontece na prática e podem trocar ideias com técnicos, artesãos e catadores e ver como vivem no dia a dia esses profissionais. Percebem então que um simples ato como separar o seu lixo do que é reciclável, pode ajudar o planeta de forma considerável, diminuindo entupimentos em bueiros, a poluição de rios e mares, aumentando a sobrevida de aterros sanitários e ainda, gerando postos de trabalho de forma descente, permitindo que pessoas/grupos que vivam na marginalidade, possam resgatar sua estima e tronar-se novamente cidadãos.

Fotos da visita de alunos de São Gonçalo e Niterói na sede da Ong, da Cooperativa Modelarte e do Galpão da Cooperativa Recooperar (todas em São Gonçalo). Visita realizada em 20/09/10.

7 de setembro de 2010

3 Falhas na coleta de sólidos fazem a Baía receber 100 toneladas de detritos por dia

POR DIEGO BARRETO

Rio - Garrafas plásticas, pneus, um velho tubo de imagem de televisão, restos de móveis, lâmpadas fluorescentes. Na Praia de Tubiacanga, na Ilha do Governador, um tapete de lixo tomou a faixa de areia. No local, as garças deram lugar aos urubus, num cenário que se confunde com o de um lixão. Rodeada por 16 municípios, dos quais a maioria conta com serviço precário de coleta de detritos, a Baía de Guanabara acaba recebendo parte das 9 mil toneladas diárias de resíduos sólidos produzidas na Região Metropolitana do Rio. Além de esgoto, especialistas estimam que, desse total, em média 100 toneladas de lixo cheguem à Baía todo dia.

Praias da Ilha do Governador acumulam toda a sorte de detritos | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

“A gente encontra de tudo nas margens: plástico, metal, restos de móveis, até eletrodomésticos. Infelizmente parece que tudo que as pessoas não querem mais vai para lá”, enumera Sérgio de Oliveira, 68 anos, que há 5 trabalha coletando material reciclável na Baía. Conforme estudo elaborado pelo engenheiro hidráulico Jorge Paes Rios, o lixo não coletado ou lançado em aterros clandestinos tem como destino final a Baía, que também recebe todos os dias pelo menos 800 litros de chorume — líquido altamente poluente, produzido durante a decomposição do lixo.
“A situação é crítica. Os municípios do Rio e de Niterói são os que têm melhor atendimento de serviços de coleta, tratamento e destinação final dos resíduos. Mesmo assim, nem toda a área municipal é coberta de forma satisfatória. Os aterros existentes, de modo geral, não apresentam condições mínimas de operação, comprometendo o lençol freático e trazendo problemas sanitários para as populações situadas no entorno. Boa parte do lixo é coletada de forma deficiente e depositada inadequadamente, representando também grande carga poluente para os rios da região, que escoam para a Baía”, explica o especialista.

Na sede do programa Re-Cooperar, peças são montadas a partir de material retirado das praias | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

O efeito desse derrame de lixo nas águas da Baía é sentido por quem mora próximo das praias da Baía, como a artesã Luzia Tavares, 51. Nascida e criada no bairro Boa Vista, em São Gonçalo, ela deixou as caminhadas na Praia das Pedrinhas. “Tem muito lixo, a praia se tornou imprestável. Quando eu era menina, catava marisco lá. Hoje fico com o coração partido ao ver a situação”.

Reciclagem como saída

Inconformado com anos de degradação, o biólogo marinho Pedro Belga resolveu buscar no lixo a solução para reverter a realidade ambiental e social de comunidades na beira da Baía. “Sou filho de pescador e sempre ficava muito triste em ver a Baía agonizando. Na década de 90, montei um evento sobre o tema. Fez tanto sucesso que não parei mais”, conta Pedro, que em 1998 fundou a ONG Guardiões do Mar. Hoje, a instituição coordena quatro projetos de reciclagem com mais de 100 famílias e recolhe anualmente mais de mil toneladas de lixo que iriam para a Baía. “Quando as pessoas percebem que o lixo é renda, elas não jogam mais fora e acabam disseminando essa ideia. Além do benefício para o meio ambiente, estamos resgatando a autoestima dessas pessoas, que se tornam agentes ambientais”, conclui Pedro.

Reciclagem que dá sustento familiar

Fim de tarde na Praia das Pedrinhas, São Gonçalo. Munidos de sacos plásticos, Sérgio de Oliveira e Iara Peixoto começam a recolher da areia o sustento de suas famílias. Eles são membros do Programa Re-Cooperar, iniciativa da ONG Guardiões do Mar, que recicla mais de 100 toneladas de resíduos sólidos por mês. “Todo este lixo (a dupla recolheu mais de 20 quilos em apenas 20 minutos de coleta), que seria mais fonte de poluição, vai se transformar em salário. Por mês, cada cooperativado tira uma média de R$ 600”, explica Sérgio, que se orgulha do trabalho que executa. “Tive que trabalhar com o lixo para aprender a importância de reciclar. Hoje tento transmitir isso para todos na minha vizinhança”.

Guardiões do Mar em ação na Praia das Pedrinhas: um quilo de detritos removido a cada minuto | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

A propagação da ideia parece estar dando certo. Batendo de porta em porta para explicar o projeto, os membros da Re-Cooperar já cadastraram uma rede com mais de 400 residências que fazem a separação do lixo para reciclagem, em São Gonçalo — município que ainda não conta com um programa de coleta seletiva.

O lixo coletado se transforma em móveis, objetos de decoração, acessórios e brindes ecológicos pelas mãos dos artesãos dos projetos ‘Manguezarte’, ‘Modelarte’ e ‘Mulheres Arteiras’.
“Fico aliviada de saber que, de alguma forma, estou contribuindo para diminuir a poluição na Baía. Hoje tenho lixeira para plástico, papel e restos de alimento. Diminuir ou aumentar a poluição depende de cada um de nós, estou fazendo a minha parte”, afirma Marileda Silva, 54, que trabalha na Guardiões do Mar há seis anos.

Colaborou Maria Luísa Barros

Fonte http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/9/falhas_na_coleta_de_solidos_fazem_a_baia_receber_100_toneladas_de_detritos_por_dia_108437.html

30 de agosto de 2010

0 Latas de Aço

35% das latas de aço consumidas no Brasil são recicladas, o que equivale a cerca de 250 mil toneladas por ano. Nos Estados Unidos, 65% das embalagens de folha de flandres retornaram à produção de aço em 1999. No Japão, a taxa é de 20%.

lata-guardioesSe o país reciclasse todas as latas de aço que consome atualmente, seria possível evitar a retirada de 900 mil toneladas de minério de ferro por ano, prolongando a vida útil de nossas reservas minerais. Além disso, deixaria de ocupar 8,6 milhões de metros cúbicos em aterros todos os anos e proporcionaria economia de 240 milhões de Kwh de energia elétrica - equivalente ao consumo de quatro bilhões de lâmpadas de 60 Watts. Isso sem falar nas 45 milhões de árvores - de florestamento comercial - que deixariam de ser cortadas para a produção de carvão vegetal usado como redutor de minério de ferro.
Somente na cidade de São Paulo são jogadas diariamente no lixo 360 toneladas de latas de aço usadas.

DECOMPOSIÇÃO

As latas de aço que não são recicladas enferrujam. Em cinco anos, elas se decompõem, voltando ao estado natural - óxido de ferro.

DE  VOLTA ÀS ORIGENS

Depois de separadas do lixo, as latas de aço precisam passar por processo de limpeza em peneiras para a retirada de terra e de outros contaminantes. Em seguida, são prensadas em fardos para facilitar o transporte nos caminhões até as indústrias recicladoras. Ao chegar na usina de fundição a sucata vai para fornos elétricos ou a oxigênio, aquecidos a 1550 graus centígrados. Após atingir o ponto de fusão e chegar ao estado de líquido fumegante, o material é moldado em tarugos e placas metálicas, que serão cortados na forma de chapas de aço. A sucata demora somente um dia para ser reprocessada e transformada novamente em lâminas de aço usadas por vários setores industriais - das montadoras de automóveis às fábricas de latinhas em conserva. O material pode ser reciclado infinitas vezes, sem causar grandes perdas ou prejudicar a qualidade. Aciarias de porte médio equipadas com fornos elétricos processam a sucata por custo inferior ao das siderúrgicas convencionais.

ciclo-reciclagem-aço

20 de agosto de 2010

0 Promover a reciclagem e dar vida nova a materiais plásticos

dalva-pet-lixoPromover a reciclagem e dar vida nova a materiais plásticos que acabariam em lixões ou aterros sanitários não é apenas uma atitude ecologicamente correta, é uma atitude de visão.
A reciclagem de materiais descartados compreende basicamente as seguintes etapas:

  • Coleta e Separação
    Triagem por tipos de materiais (papel, metal, plásticos, madeiras, etc.).

  • Revalorização
    Etapa intermediária que prepara os materiais separados para serem transformados em novos produtos.

  • Transformação
    Processamento dos materiais para geração de novos produtos a partir dos materiais revalorizados.

Para garantir a sustentação econômica da reciclagem, deve-se levar em consideração:
  1. custo da separação, coleta, transporte, armazenamento e preparação do resíduo antes do processamento;
  2. quantidade de material disponível e condições de limpeza;
  3. proximidade da fonte geradora ao local onde o material será reciclado;
  4. custo do processamento do produto;
  5. características e aplicações do produto resultante;
  6. demanda do mercado para o material reciclado.
    Fonte: informativo Plásticos da Plastivida
DOWNLOAD:  TIPOS DE PLÁSTICO PDF 652kb

Veja também: Processo de transformação de materiais recicláveis

17 de agosto de 2010

0 CARTA DO RIO II

Ao final do 2º Congresso do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, base do Estado do Rio de Janeiro, os catadores organizados, declararam:

À sociedade e ao Poder Público as seguintes propostas:

   1. Garantir áreas públicas dos Municípios, do Estado e da União para as organizações de Catadores (as) com a concessão dos terrenos de longo prazo e documentada;
   2. Garantir autonomia e autogestão das organizações de catadores (as) no Estado do Rio de Janeiro;
   3. Repúdio ao processo de implantação da incineração em nosso país, pois esse método é extremamente agressivo ao meio ambiente e exclui o trabalho dos catadores (as).
   4. O cumprimento das Políticas Públicas que beneficiam os Catadores de Materiais Recicláveis, tais como, Lei Estadual 3369/2000 – Estabelece Normas para a Destinação Final das Garrafas Plásticas, o Decreto Federal 5.940/2006 - Coleta Seletiva Solidária, o Decreto Estadual 40645/2007 que determina a Coleta Seletiva Solidária nos órgãos Estaduais e a Lei 4191/2003 – Dispõe Sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos;
   5. Instituir a Política Municipal e Estadual de resíduos sólidos com participação dos Catadores (as), com o princípio da gestão compartilhada;
   6. O cumprimento da lei 11.445/07 que estabelece a dispensa de licitação para a efetivação de relação contratual com as cooperativas/associações, para remunerar por tonelada o serviço de coleta; tratamento e destino final, prestado pelas organizações de catadores (as);
   7. Incluir os catadores (as) nas discussões e decisões sobre a questão dos resíduos sólidos e coleta seletiva nos Municípios e no Estado, por meio de sua participação em Conselhos, Comissões (Comitês) intersecretariais para inclusão social dos catadores (as) ou ainda pelos Fóruns Lixo & Cidadania regional e ou municipais que devem ser valorizados e estimulados;
   8. Promover e efetivar a Capacitação Continuada para os Gestores Públicos quanto aos Princípios e bases de Acordo com MNCR; Relatório Final de Atividades Data: 06/08/2010 Página: 46 de79 RELATÓRIO FINAL – ELETROBRAS – AGOSTO/ 2010 46
   9. Promover e efetivar a Capacitação Continuada aos Catadores na perspectiva do Cooperativismo popular e da economia solidária;
  10. Apoiar as cooperativas/associações na regularização dos documentos e acesso aos recursos e financiamentos;
  11. Divulgar os princípios e as bases de acordo com MNCR em todos os ambientes que há Participação dos catadores;
  12. Tributação diferenciada para as cooperativas de economia solidária;
  13. Implantação de outras políticas públicas que atenda as necessidades dos catadores (as) tais como, moradia, saúde, educação, esporte, cultura e lazer etc.
  14. Maior atenção para os catadores de Gramacho, em função da atividade de vazamento no Aterro estar acabando bem como para aqueles que ainda estão nos lixões;
  15. Garantia de priorizar os catadores históricos no processo de acesso aos benefícios das Políticas Públicas, evitando assim que sejam confundidos com desempregados, de um modo Geral;
  16. Incentivo financeiro para compra de Caminhões, Maquinário, IPI e Construção de Galpões;
  17. Criação de um sistema 0800 “Disque-denúncia Cooper gatos”, no sentido de garantir o trabalho dos catadores em cooperativas de forma verdadeira e dentro dos princípios do Cooperativismo;
  18. Incentivo a criação de micro créditos para cooperativas de catadores;
  19. Utilização de espaços públicos abandonados para implantação de cooperativas de catadores em parceria com SPU - Secretaria de Patrimônio da União;
  20. Realização de um diagnóstico real da situação dos catadores de lixão, de rua, de Cooperativas e associações; e também da população em situação de rua que também utiliza a catação como forma de sobrevivência, a fim de garantir melhor identificação das demandas e, conseqüentemente, a estruturação de propostas de garantia de trabalho e renda para os segmentos a serem atingidos;
  21. Isenção de ICMS e outros Impostos;
  22. Previdência e Aposentadoria especial para os Catadores;
  23. Inclusão dos Catadores no Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal e operado Pela Caixa Econômica Federal.

Às suas organizações:

1. Intensificar a organização e a representatividade do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis nas diversas Bases e Comitês Regionais do Estado do Rio de Janeiro;

Relatório Final de Atividades
Data: 06/08/2010
Página: 47 de 79
RELATÓRIO FINAL – ELETROBRAS – AGOSTO/ 2010 47

2. Fortalecer a organização dos Comitês Regionais e das lideranças dos catadores e no Sentido de evitar que qualquer pessoa sem relação direta com a causa tome a frente do processo, se intitulando catador;

3. Aumentar a mobilização estadual dos catadores, visando atingir o âmbito Federal, a fim de sensibilizar as autoridades para promover uma revisão da legislação cooperativista, buscando simplificar o processo de legalização, assim como menos tributação para as Cooperativas de catadores;

4. Criar redes de comercialização das organizações de catadores no Rio de Janeiro para garantir melhor valorização e comercialização do material;

5. Os Catadores e Catadoras são os representantes legítimos da Cooperativa/Associação e não os técnicos. Relação de dependência com o apoio técnico enfraquece a organização e tira a legitimidade e a autogestão do Catador (a);

6. Os Comitês devem apoiar e garantir que nas organizações de catadores (as) não exista Relação de patrão e empregado;

7. Ampliar a representação da Coordenação Estadual, por meio da formação de novos Comitês;

8. Enviar esta declaração para todas as Prefeituras e Governo Estadual;

9. Promover ou participar de encontros com todos os candidatos (as) ao Governo do Estado, a Assembléia Legislativa e ao Congresso Federal para garantir o compromisso dos (as) mesmos (as) com a implantação de políticas de Estado para os resíduos sólidos, com inclusão social dos catadores(as);

10. Manter a comunicação com a sociedade para conscientizar sobre a separação dos materiais Recicláveis nas residências;

11. Manter a união entre os catadores (as), e a integração entre as organizações de catadores (as);

12. As parcerias com as organizações de catadores (as) precisam ser realizadas com instituições diversas e com a sociedade e não apenas com o Poder Público;

13. Promover a articulação com as Secretarias Municipais e Estaduais da Educação, para visitar as escolas e realizar palestras sobre conscientização ambiental;

14. Desenvolver atividades diversas nas comunidades para fomentar a coleta seletiva.

Rio de Janeiro, 25 de julho de 2010

Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis

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