25 de fevereiro de 2013

0 01 de Março - Dia do Turismo Ecológico

O Turismo é uma grande indústria em todo o mundo. O que surpreende é o crescimento do Turismo ecológico ou Ecoturismo: 20% a cada ano. Não à toa esse segmento ganhou uma data comemorativa: 1º de março – Dia do Turismo Ecológico, data que este segmento foi introduzido oficialmente no país em 1988. De acordo com o WTTC (World Travel & Tourism Council), que organiza estatísticas do turismo mundial, o Turismo Ecológico representa hoje entre 15 e 20% do setor turístico.
De acordo com documento das Nações Unidas e da Organização Mundial do Turismo, em 1994, define-se turismo como “as atividades praticadas pelos indivíduos durante as suas viagens e permanências em locais situados fora do seu ambiente habitual, por um período contínuo que não ultrapasse um ano, por motivos de lazer, negócios e outros”.
O Ecoturismo pode ser classificado como uma prática de turismo de lazer, esportivo ou educacional, em áreas naturais, que se utiliza de forma sustentável do patrimônio natural e cultural, incentiva a sua conservação, promove a formação de consciência ambientalista e garante o bem-estar das populações envolvidas.

O ecoturismo pode ser praticado em um banho de cachoeira, numa caminhada por trilhas, num passeio a cavalo ou num estudo biológico. Impulsionados pela vontade de entrosar-se com os reinos vegetal e animal e harmonicamente fazer parte deles, os chamados ecoturistas andam, seguem trilhas desconhecidas, suam, e quase perdem o fôlego apenas para poder contemplar as paisagens.

O turismo ecológico se evidencia de qualquer outro tipo de turismo tradicional pela iniciativa dos viajantes se deslocarem do seu local de origem em busca de áreas relativamente pouco conhecidas, com objetivos específicos de estudo, admiração e prazer. Acredita-se que no Brasil existam mais de meio milhão de pessoas que praticam o ecoturismo, num total de 50 milhões no mundo. Deverá ser uma das principais modalidades do lazer e turismo nos próximos anos. Ecoturismo representa, por si só, uma importante forma de educação ambiental, talvez a mais efetiva sob o ponto de vista de sua abrangência.

É importante ressaltar que os praticantes do Ecoturismo, são pessoas envolvidas com as questões preservacionistas e dão sempre preferência aos locais e empreendimentos que praticam o desenvolvimento sustentável. Se é comum ao turista levar lembranças dos locais visitados, o ecoturista dará sempre preferência a lembranças de empreendimentos solidários cujos produtos são confeccionados com respeito ao meio ambiente, a cultura local e gere uma economia solidária.

A base do Turismo Ecológico são as caminhadas, pois para se praticar qualquer modalidade é preciso chegar ao atrativo natural através de pelo menos uma pequena distância a pé. E para caminhar não são necessários grandes equipamentos, mas valem algumas dicas:

· Planeje o seu roteiro pesquisando em guias e mapas;
· Leve boné, protetor solar e labial, óculos de sol, binóculo, lanterna, bússola e canivete, capa de chuva, máquina fotográfica e cantil.
· Caminhe sempre de mãos livres e coloque os seus acessórios em mochila ou pochete.
· Use roupas leves no verão e escolha um bom calçado, bota ou tênis de caminhada com boa aderência para diversos tipos de terrenos.
· Não deixe nada pelo caminho, tudo que você levar deverá trazer incluindo resto de lanches, garrafas, copos, etc.

Principais atividades do ecoturismo

Acampamento
Pernoite em meio à natureza, utilizando equipamento apropriado, que geralmente inclui uma barraca. É realizado em locais próprios, com certa infraestrutura (banheiros, luz elétrica) ou em áreas sem qualquer estrutura prévia de apoio, o que se chama “acampamento selvagem”.

Caminhada
Pode ser feita em trilhas ou caminhos abertos na natureza. Exige um mínimo de equipamento adequado, de acordo com a distância percorrida, as características do terreno e as atividades paralelas (fotografia, por exemplo). É sempre bom usar um calçado resistente e levar uma mochila.

Cavalgada
Uma opção para a caminhada, principalmente quando o terreno é de difícil acesso ou a distância é longa. Contemplar a paisagem de cima de um cavalo pode ser uma experiência tranqüilizante.

Ciclismo
Praticado geralmente em grupo, exige um certo condicionamento físico. É ideal para contemplar paisagens e, o melhor: não polui!

Escalada
A subida de montanhas ou paredes rochosas exige condicionamento. Também não se aconselha esta atividade sem a presença de alguém experiente!

Rapel
Conquistando cada vez mais adeptos, consiste em descer de uma rocha, montanha, queda d’água e afins, pendurado por uma corda. Uma espécie de escalada ao contrário.

Espeleoturismo
Também conhecido como caving, este nome que pouco ouvimos designa uma atividade mais comum que imaginamos: a exploração de cavernas. O Brasil é riquíssimo em cavernas e grutas. Vale a pena explorar!

Mergulho
Explorar o mundo submarino é uma boa opção, mesmo para quem não tem muita experiência. Há atividades de mergulho para todos os níveis de intimidade com a água: de simples snorkels, máscaras e pés-de-pato para um mergulho livre, até equipamentos profissionais e específicos que exigem apoio e/ou conhecimento prévio.

Montanhismo
Atividades em regiões de montanha. Aí podem estar combinadas caminhadas, escaladas, acampamentos, cavalgadas. Vale tudo o que o local puder oferecer.

Descida de bote (rafting)
Consiste em descer rios ou corredeiras em um bote de borracha. Também tem se tornado mais e mais popular no País, que possui inúmeros locais próprios para a atividade.

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Rodrigo Gaião - Biólogo - Projeto Caranguejo Uçá

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