“Sabemos que a notícia já foi divulgada em diversos locais nas redes sociais, mas o assunto é atualíssimo e sempre preocupante. Portanto, não podemos deixar cair no esquecimento.”
Coral-sol é espécie natural dos Oceanos Índico e Pacífico.
Primeira aparição no Brasil foi entre as décadas de 1980 e 1990.
Do G1 SC
Coral-sol é bio-invasor; espécie é monitorada e removida no Litoral de SC (Foto: Bruna Gregoletto/Divulgação)
Um projeto desenvolvido no Litoral de Santa Catarina está estudando o impacto do coral-sol, natural dos Oceanos Índico e Pacífico, que está se alastrando no Litoral de Santa Catarina.
Espécie nativa Astrangia rathbuni encontrada na
Ilha Deserta, no Litoral Norte de SC
(Foto: Bruna Gregoletto/Divulgação)
Encontrado pela primeira vez nas décadas de 1980 e 1990, no Litoral do Rio de Janeiro, a espécie está causando prejuízo ecológico em Santa Catarina, desalojando exemplares nativos. A partir de 2008, vários focos de corais-sol foram descobertos também nos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, indicando uma rápida expansão desta na costa brasileira.
Em Santa Catarina, o projeto desenvolve atividades de pesquisa, manejo e educação com o objetivo de identificar e monitorar a espécie. Isso é feito por meio de ações como monitoramento de costões rochosos através de mergulho e também das regiões portuárias de Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul, bem como avalia a abundância de corais nativos. O objetivo é subsidiar análises futuras de impactos potenciais sobre essas populações. As colônias desta espécie de coral, quando encontradas, são removidas.
Em 2012, mais de 300 colônias de coral-sol da espécie Tubastraea coccinea foram descobertas na Ilha do Arvoredo, dentro da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, e removidas por uma equipe da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Projeto Coral-Sol, do Rio de Janeiro.
Os estudos são realizados e desenvolvidos em parceria com a UFSC, o ICMBio e o Instituto Ekko Brasil. O projeto conta com o apoio do Fundo Costa Atlântica da Fundação SOS Mata Atlântica.
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